Muito tem se falado so­­bre a influência que o 5 a 1 do domingo, com os times reservas, terá no duelo entre os titulares, amanhã. O reflexo é puramente emocional.

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Injeta mais de gasolina em uma torcida já inflamada, como mostra a escalada do plano de sócios até chegar a 30 mil membros. Um número de ocasião, é verdade, pois uma parcela só aderiu para poder ver a final. Mas que ainda assim deixará o clube com um quadro associativo invejável a partir do próximo mês.

Para os jogadores, deixa a clara indicação do que fazer amanhã. Jogar no pescoço do Vasco desde o início, ser eficiente e intenso sem ser apressado.

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E para Marcelo Oliveira, traz um belíssimo alento diante de tantos desfalques. Leonardo mostrou que pode, sim, substituir Anderson Aquino. Seus passes e sua movimentação podem ser a chave para abrir uma defesa que Ricardo Gomes já mostrou saber como posicionar para impedir a entrada em velocidade do ataque coxa-branca. Everton Ribeiro, Tcheco e Maranhão também mostraram ser armas viáveis para durante o jogo.

No fim, este é o maior efeito co­­lateral do 5 a 1. Mostrar que todos estão presentes em um dos momentos mais importantes do clube. Entre quinta e sexta-feira, o torcedor disse "presente". Domingo foi vez dos reservas. Amanhã será a hora de os titulares atenderem o chamado para garantir um lugar ainda mais especial na história do Coritiba.

Troca de comando

Comandar o Paraná no mo­­mento atual do clube era um peso que Ricardo Pinto ainda não tem condições de suportar. Um time em crise, com problemas financeiros e jogadores entrando aos poucos, exige uma direção mais experiente, não alguém que ainda está aprendendo.

Foi um erro começar a Série B com Ricardo Pinto. A melhora sensível – mas insuficiente – no Estadual deu a impressão de que Ricardo estaria pronto para a missão. Ainda não está. Tirá-lo agora, ao menos indica que a diretoria paranista percebeu o erro rapidamente e reduz o seu estrago.

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A próxima etapa é escolher corretamente o novo treinador. Tem de ser alguém bom e barato, artigo raro no mercado. Mas principalmente alguém que se comprometa a seguir com o clube até o fim. De nada adianta o Paraná entrar em voo de cruzeiro – e tem elenco para isso – e perder o piloto no meio do ca­­minho.

Da parte da diretoria, é necessário dar condições plenas ao treinador para que ele possa ser cobrado. Esperava-se de Ricardo Pinto três vitórias nas três primeiras rodadas, isso com jogador chegando e incertezas sobre o pagamento de salário. A negociação de Diego traz, em tese, o suporte necessário para manter o salário em dia e buscar mais algum reforço de peso. Então, que passe da teoria para a prática.

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