A dupla Atletiba proporcionou um desagradável déjà vu aos seus torcedores. Erros repetidos exaustivamente no Brasileirão voltaram a acontecer e determinaram as derrotas de ontem. Sim, no plural. Mesmo com o ponto somado, o empate na Baixada teve cara de derrota para o Atlético.

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Começo pela Arena. O Atlético foi quase perfeito taticamente no primeiro tempo. Héracles trancou o lado esquerdo da defesa a ponto de expulsar Éder Luís da ponta direita. Deivid completou o serviço, exatamente como Renan fez com Diego Souza. A marcação perdigueira dos volantes matou Alecsandro de fome.

Ofensivamente, Wagner Diniz aproveitou a barbeiragem de Cristóvão Borges de escalar Felipe na lateral esquerda. Não foi coincidência os dois gols rubro-negros terem saído dali, com cruzamentos açucarados de Wagner Diniz revertidos em gol por Paulo Baier e Guerrón, que se deslocaram com perfeição pelo meio da estática zaga vascaína.

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Deu tudo tão certo no primeiro tempo que foi inacreditável o recuo do Atlético no segundo tempo. O time já havia deixado uma vitória escapar dessa maneira, na própria Arena, contra o Flu­­mi­­nense. Lopes repetiu o erro de mandar o time voltar. E o time re­­petiu o erro de aceitar passivamente a ordem do treinador, sem perceber que a mudança de postura punha o Atlético em um caminho sem volta.

Como se não estivesse ruim o bastante, Paulo Baier disse que "o time é juvenil, tem jogadores ex­­perientes no banco e Lopes não põe para jogar". O juvenil não se re­­fere apenas a inexperiência, mas a ingenuidade. E o experiente do banco era Cleber Santana, que perdeu posição pelas atuações ruins em série. A frustração de Baier é compreensível (ainda mais em um dia em que ele jogou muito bem), mas Cleber Santana não vale um mal-estar desses no elenco.

Deixo as últimas linhas para o jogo do Engenhão, pois o Coritiba fez quase nada de diferente de praticamente todas as suas partidas fora de casa. O time começou bem, disposto a encarar o adversário, mas gradativamente acomodou-se na estratégia medrosa de se defender e esperar um contra-ataque cair do céu.

Mas se defendeu mal. Levou três gols a partir da jogada forte do Fluminense, bola alta na área. Fred guardou um de bicicleta, um com o pé, outro de cabeça. Em todos a defesa estava desarrumada, com Jonas dentro da área ora para cobrir o espaço atrás de Jéci, ora para cobrir a ausência de Emerson que tinha saído para cobrir Lucas Mendes.

Também contra-atacou mal. Rafinha sentiu o tempo fora, Mar­­cos Aurélio salvou-se apenas pelo gol, Bill mostrou mais uma vez não valer o investimento para mantê-lo em 2012. Esse, como já es­­crevi há alguns dias, deve ser o objetivo do Coxa no momento: garantir-se matematicamente na Série A e fazer os ajustes para 2012.

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