A grande notícia do acerto para os Atletibas de torcida única no Brasileiro é a retomada do diálogo entre Vilson e Petraglia. A reaproximação não foi específica para este tema. Os dois já vinham se falando em reuniões na CBF e de clubes. A concordância em clássicos apenas para mandantes acaba sendo apenas o primeiro fruto visível da nova relação.

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O futebol paranaense não pode se dar ao luxo de ver os presidentes dos seus dois maiores clubes brigando como piás pançudos. É a velha máxima do "pé de pobre não tem tamanho". A troca de farpas por notas oficiais foi uma das páginas mais patéticas da história recente da rivalidade local.

Coritiba e Atlético precisam um do outro para crescer fora de campo. Se crescerem fora, crescerão dentro por inércia. E levarão junto o Paraná na proporção possível ao Tricolor. Muito mais fácil Coxa e Atlético conseguirem benefícios e contratos melhores negociando em conjunto.

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Toda vez que encontro o Mauro Holzmann ele choraminga de algum texto, título ou quantidade de tinta gasta pela Gazeta para imprimir o vermelho da camisa do Atlético. Em um desses divãs, falei ao Mauro que só daria certo a ideia de cobrar das rádios para permitir acesso a treinos e entrevistas quando o Coritiba também cobrasse. Se os dois clubes são do mesmo porte, é burrice pagar para um se o outro lhe oferece o mesmo pacote gratuitamente. É um exemplo. Como também negociação de contratos de patrocínio, transmissão e, talvez em um dia que a sociedade voltar a evoluir, uma loja Atletiba, vendendo produtos da dupla.

É a mesma evolução necessária para termos um clássico com duas torcidas em que o povo precisa pegar estrada sem que ninguém se mate. Clássico de torcida única não é clássico. Fato. Mas pôr duas torcidas na estrada é um risco de morte tanto para quem não parece estar muito preocupado com isso como para quem não tem nada a ver com a história. Jogo de torcida única é uma derrota do futebol e social. Neste caso do Willie Davids, é evitar uma derrota por goleada.

A Copa

Amanhã embarco com a primeira leva da numerosa equipe da Gazeta para a cobertura da Copa. Comigo estarão André Pugliesi, Albari Rosa e Hugo Harada seguindo cada passo da seleção brasileira – e atrás da tal plantação de cevada da Granja Comary; com interesse apenas jornalístico, claro. Nos próximos dias pegam o trecho Fernando Rudnick, Ana Luzia Mikos, Adriano Ribeiro, Gustavo Ribeiro, Robson Martins, Adriana Brum e Edson Militão, com André Gonçalves nos recebendo em Brasília. Fora a turma que vai a campo aqui em Curitiba, seja da equipe de esportes, Nícolas França à frente, ou deslocada de outros setores. Mais o Rodrigo, o Carlos, o Sandro, o Marcão e Marleth no comando. Pois para a Gazeta a Copa já começou faz tempo. Agora é hora de entrar em campo. Por isso a coluna entra em recesso até o fim de julho, mas sigo amolando vocês aqui do lado, no Intervalo, e pelas páginas impressas e digitais da GP. Boa Copa!

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