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O melhor Coritiba e o melhor Atlético de 2013 entram na semana do primeiro Atletiba do ano. Por melhor Coritiba entenda-se uma atuação consistente, em que talento e tática se aliaram para explorar as fragilidades do adversário e produzir a maior goleada da competição. Por melhor Atlético entenda-se o primeiro bom jogo, com uma vitória merecida e convincente sobre um dos melhores times do campeonato, com a combinação adequada entre talento e organização tática.

A diferença no melhor momento de cada clube condiz com o que os rivais projetaram para o campeonato. O Coxa declara abertamente desde o início o desejo de ser tetra. Se vencer o clássico e segurar a vantagem contra o Londrina, fica perto demais do título. Difícil imaginar alguém capaz de segurar um Coritiba entrosado e embalado no segundo turno.

O Atlético escolheu preparar seus melhores jogadores para a temporada e deixar o Estadual na conta dos garotos. Assumiu um risco calculado. Uma conta que para fechar exige a presença dos titulares. Não no clássico. Seria um erro pôr os titulares agora, com um peso que eles não precisam carregar. Mas sim no segundo turno, pelo menos em parte dos jogos, não sob o pretexto de valorizar o Paranaense – embora seja uma consequên­cia inevitável –, mas para dar o ritmo que o elenco precisa para entrar bem na Copa do Brasil e no Brasileiro.

Seguir com a garotada até o fim dará sequência a um projeto de formação traumático, que forja moleques na base da machadinha. Os 24 minutos iniciais do segundo tempo contra o J. Malucelli foram emblemáticos. Apenas Renato manteve-se com os nervos no lugar em um momento de placar empatado e pressão da torcida. Até Douglas Coutinho, autor de dois gols maravilhosos, se escondeu.

A pressão do Atletiba será outro teste para os garotos. Quem sobreviver, certamente sairá mais forte. Mas o risco de queimar alguém que poderia ser aproveitado em uma transição mais pacífica é real e considerável.

O Coritiba também terá uma pressão para lidar. Diante de um Atlético sub-23, favoritismo é pouco. O Coxa é obrigado a vencer o clássico.

Apito

A arbitragem do Paranaense é, no geral, fraca como é em todo o Brasil. Mas dois árbitros, nos últimos dias, mostraram que há salvação. Selmo Pedro dos Anjos, em Coritiba x Toledo, e Rodolfo Toski Marques, em Paraná x Arapongas, apitaram um jogo como se imagina: respeito à regra, marcando apenas as faltas que existem, sem a ambição de serem protagonistas da partida. Toski, então, esteve um degrau acima. Escapou das armadilhas que um jogo em campo molhado, com muitas divididas, sempre apresenta e teve coragem de mandar voltar duas vezes uma falta porque a barreira não parava no lugar. Enfim, uma esperança.

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