Impossível o paranista não soltar um suspiro saudoso ao olhar para o jogo de hoje, contra o Criciúma. Um turno atrás o Tigre foi o adversário no momento mais especial do Paraná nesta Série B. A vitória por 2 a 1 quebrou uma invencibilidade de 14 meses dos catarinenses no Heriberto Hülse, levou o Tricolor para a terceira posição e deixou a liderança ao alcance das mãos. Era vencer a Ponte Preta na rodada seguinte, na Vila Capanema, contar com uma derrota da Portuguesa e o time chegaria ao primeiro lugar.
Todos se lembram do que aconteceu. O Paraná perdeu o jogo para a Ponte e, a partir dali, perdeu o lugar no G4, o técnico, a chance real de voltar a jogar a Primeira Divisão já em 2011. Mas ficou a referência do Criciúma, do time que, mesmo sem grandes estrelas e investimentos, parecia ter encontrado a combinação perfeita para chegar ao acesso.
E o Paraná daquele momento nem é tão diferente do atual. Dos 14 jogadores usados por Roberto Fonseca naquela tarde de julho, apenas dois não estão mais no Tricolor: Júlio César e Júnior Urso. E Júnior Urso só foi embora porque quis. Roberto Fonseca também deixou o clube, demitido. Fora isso, são as mesmas peças, o que reforça a impressão de que fora do normal foi a arrancada inicial, não o desempenho atual.
Agora o Paraná está a sete pontos tanto do acesso quanto do rebaixamento. Não deve terminar a competição nem no G4 nem no Z4, embora o resultado hoje vá, inegavelmente, fazer todos recorrerem à calculadora. O meio da tabela é do tamanho do elenco que o Tricolor tem em mãos. Mas a torcida merece ver uma grande apresentação para ter uma lembrança mais fresca do seu auge na Série B.
A semana
O Atlético abre hoje, no CT do Caju, a semana mais importante destes dois meses finais do Brasileirão. O jogo contra o Ceará, domingo, é determinante para o destino do clube. Vencê-lo não permite a saída da zona de rebaixamento, mas pressiona os mineiros e puxa de vez o Ceará para a cova.
Nas rodadas seguintes, Santos (mesmo fora) e Atlético Goianiense são rivais possíveis de serem derrotados. Mas de nada adiantará pensar neles sem antes vencer o Ceará. O Vozão tem um time do mesmo nível que o do Atlético e o seu desempenho como visitante só é melhor que o do América Mineiro. A vitória não é apenas possível, é obrigatória. Mas somente será uma realidade se o Atlético conseguir isolar-se de todos os seus problemas (das feridas expostas nos últimos dias à ruindade do time).
Mau negócio
O futebol inglês foi sacudido pela notícia de que os estrangeiros donos de equipes na Premier League querem acabar com o acesso e descenso. A liga é uma lição diária de organização, mas transformá-la em um clube fechado atenta contra a essência do futebol. E vira um perigoso exemplo, especialmente por aqui, onde é comum o que vem de fora ser engolido com farinha e copiado sem reflexão.
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