O Coritiba derrotou o Figueirense porque quis vencer. Escrevendo assim, parece óbvio. Se um time entra em campo, naturalmente seu objetivo é a vitória, certo? Nem sempre. Às vezes o medo de perder o jogo em um lance isolado faz uma equipe dosar o ímpeto ofensivo e leva o treinador a ser conservador nas mudanças. Se está difícil ganhar, então melhor cuidar para não perder este pontinho.

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Vendo que o Coritiba jogava mal, sofria para transformar o empate em vitória, Marcelo Oliveira ignorou essa regra não escrita. Quis vencer acima de tudo. Trocou dois meio-campistas por dois atacantes. Confiou que o time sufocaria o Figueirense e não correria mais riscos porque passaria mais tempo com a bola no pé.

O time comprou a ideia. Apertou o Figueira até chegar ao primeiro gol com Emerson. Depois foi solidário para, mesmo tendo apenas três jogadores unicamente de defesa (Edson Bastos, Jéci e Emerson), se defender e ainda marcar mais duas vezes, nos acréscimos. Como faixa bônus, no terceiro gol deu uma canja do futebol de passes rápidos que foi sucesso absoluto no primeiro semestre.

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Semana passada, quando se viu diante de dois jogos em casa, contra Ceará e Figueirense, o Coritiba tinha certeza de que precisava vencer ambos para definitivamente olhar pra frente no Brasileiro. Missão cumprida, o Coxa agora é o 11º colocado e tem o cambaleante Grêmio pela frente no Olímpico, o que lhe dá chances reais de entrar a próxima semana na metade de cima da tabela.

Sem o discurso empolado dos "profexôs", Marcelo Oliveira mostrou saber que o futebol fica mais fácil quando há o simples desejo de vencer. E só conseguiu porque teve o suporte de um time que voltou a entender isso plenamente.

Até tu

Já fiz muitas críticas a Jéci, mas tenho de me render. Ontem ele relembrou alguns dos melhores momentos da sua primeira passagem pelo Alto da Glória, dominou a grande área. Everton Costa e Léo Gago também foram muito bem. No jogo anterior, havia brilhado Tcheco. Essa heterogeneidade será fundamental para o Coxa seguir crescendo no Brasileiro.

Merchan

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Anderson Aquino também en­­trou muito bem, foi preciso no lance do gol. Lamento, apenas, o merchan de uma marca de rum feito pelo jogador na sua comemoração – critico pelo ato em si, não por ser bebida ou o que fosse. Ação que se junta aos joão sorrisões, dancinhas e pedidos de música que já infestam o momento mais sublime de uma partida de futebol. É exatamente igual ao feito por Neymar, no gol da máscara contra o Colo-Colo, pela Liber­­tadores. Nos dois casos, cabe à Justiça Desportiva impedir que comemoração de gol vire extensão de canal de compras.