Os dicionários não têm uma tradução exata para a palavra "clássico", no sentido futebolístico. Clássico, em "futebolês", significa o confronto de duas grandes equipes, rivais de uma mesma cidade, com enormes torcidas, capazes de encher estádios. A expressão ganhou significado no esporte bretão por causa dos craques que duelavam nas partidas, exibindo suas jogadas clássicas, cheias de técnica e estilo.
Mas, hoje em dia os clássicos perderam a magia e o encanto. Desde que inventaram o "espaço reservado à torcida visitante" os clássicos deixaram de ser clássicos. Como antigamente. Amanhã, o jogo terá o time da casa contra o visitante. Atlético x Coritiba, outrora o maior clássico do futebol paranaense. Do agora combalido futebol paranaense.
Nos idos de 70, o Atletiba era o que era graças à virtuose de jogadores como Krüger, Sicupira, Aladim, Nilson Borges, Negreiros, Alfredo Gottardi, Hidalgo, Nilo, Bira Lopes, entre tantos que desfilavam pelo gramado do Belfort Duarte seus incomparáveis talentos. Eram memoráveis, inesquecíveis. Jogos feitos de paixão, de entrega, de vergonha na cara!
Os 22 sujeitos entravam em campo para honrar suas camisas e a tradição que cada uma carregava. Uma derrota durava um ano até que a próxima oportunidade fosse da revanche, da vingança, da forra! Hoje, não há vínculo entre os participantes e as instituições. Não há compromisso com a história, apenas com o instante. Épocas muito diferentes.
As torcidas mudaram. Atualmente esperam pelo clássico para travar batalhas sangrentas e insanas nas ruas da cidade, para destruir o que encontrarem pela frente. Não há mais o romantismo de antigamente, quando o clássico mexia com as almas, os corações e as mentes. O prazer de vencer era superior, magnífico, imprescindível. Era lindo correr os olhos pelas arquibancadas do Belfort Duarte e ver o contraste do verde e branco com o vermelho e preto.
Duas multidões separadas pelas suas cores. Tempos em que 40 mil pessoas, pelo menos, iam até o estádio para viver um dia ímpar, único em suas existências. Os clássicos perderam o charme, a identidade e se tornaram jogos comuns, iguais a tantos outros. Foram-se a magia e o encanto. Distorceu-se o conceito de rivalidade. Os verdadeiros clássicos, feitos de técnica e estilo só existem na lembrança dos que viveram aqueles tempos.
Personagem: Robinho
Dois gols em Londres e mais os que decidiu a vitória do Santos no Paulistão em Jundiaí, tornam o craque do Peixe o destaque da semana. Em má fase na Inglaterra, Robinho vai cumprindo sua meta de recuperação rapidamente, reconstruindo a imagem que o consagrou.
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