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Não basta um novo treinador. A seleção precisa de um no­­vo conceito. Estamos ni­­velados por baixo. Consegui­­mos reunir o pior grupo de todos os tempos para disputar uma Copa do Mun­­do. O resultado está aí!

"Inventamos" Dunga como técnico. Deu no que deu! A Argentina também inventou. Conceitos errados. A CBF tem de mudar sua visão da seleção. O escrete não joga o futebol brasileiro. Deviam ser estabelecidas cotas para jogadores "brasileiros", os autênticos, aqueles que jogam aqui. Convocar jogadores do país valoriza os times do país. Enche­­mos de moral clubes da Ucrâ­­­nia, Espanha, Por­­tu­­gal, In­­gla­­terra, Alemanha, Fran­ça, Itália, enfim, de mercados que são valorizados à nossa custa.

A camisa da seleção eleva o valor dos atletas no mercado de­­pois que os nossos pobres times são obrigados a cedê-los por minguados milhões de euros, que os europeus triplicam em meia hora. Houve um tempo, e isso aca­­bou em 1982, quando tivemos a nossa última grande equipe, que os jogadores daqui ti­­nham a preferência dos técnicos.

Veja o que Dunga fez: chamou diversos reservas de seus times para serem titulares na Copa. A fase de Felipe Melo nem recomendava sua convocação, mas ele foi titular de Dunga. Deu no que deu! E, sem reservas à altura, Dunga viu o time perder o equilíbrio emocional após o gol da Holanda.

Precisamos de uma seleção legítima, com jogadores que representem a pátria de verdade, não sujeitos arraigados em outras culturas, que venham apenas passar férias por aqui. Jogadores que sintam as derrotas como nós, torcedores, que chorem a humilhação de ver uma eliminação encerrar nosso direito de sonhar. Precisamos rever nossos conceitos...

Semifinais: Uruguai e Holanda, Alemanha e Espanha. Favoritos? Apostaria em Uruguai e Alemanha para a grande final. Estão jogando melhor que os adversários...

A frase: "Resta-me acatar a sua decisão pois, certa ou não, não cabe a mim questioná-la, na medida em que essa é a prática, de longa data, adotada no futebol...", co­­mentou Dunga em carta à CBF.

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