Era de se esperar. Veladamente os jogadores do Atlético há haviam deixado escapar: falta ritmo de jogo e por isso pediram aos dirigentes a oportunidade de disputar uma ou outra partida pelo Campeonato Paranaense. Partida oficial, disputa renhida, pois os jogos-treinos (e nem foram amistosos) permitiam as tiradas de pé, de ambos os lados, em lances mais complicados.
Bem, de uma forma ou de outra, o time deu conta do recado na estreia oficial da temporada 2013. Verdade que sofreu um bocado contra um adversário fraco, de Segunda Divisão do futebol gaúcho. Mas pelo menos ofereceu o prazer de jogar aos jogadores atleticanos, que souberam manter a superioridade técnica para vencer o duelo em Pelotas, exatamente dentro do que se poderia esperar do grupo no primeiro compromisso de responsabilidade.
Verdade que o Atlético chegou a tomar um sufoco do adversário no segundo tempo, na pressão consequente da grande vibração da torcida local. Houve uma blitz que quase pôs em xeque a estabilidade da defesa, bem equilibrada pela atuação sóbria e eficiente do goleiro Weverton. Mas, ainda assim, algumas brechas oferecidas ao oponente de tão pouca qualidade não permitiram um atestado de segurança aos zagueiros atleticanos claro que os desfalques devem ser considerados, pois Cleberson e Pedro Botelho estavam fora, substituídos pelo pesado Luiz Alberto e pelo improvisado Léo, que é da direita e não conseguiu se arranjar muito bem pela esquerda.
Importante, pelo menos, que o Atlético venceu. Com um gol de pênalti, mas o pênalti faz parte do jogo e se não tivesse sido marcado talvez Everton (de boa atuação) tivesse feito o gol. A vitória fora de casa permite um resultado folgado no jogo de volta, no qual até o empate serve para os rubro-negros paranaenses.
Nos instantes finais, bem que o Atlético teve a chance de liquidar a partida com Everton. Mas acredito que os jogadores não lamentaram tanto assim a chance perdida de eliminar o jogo de volta. Pelo menos terão a oportunidade de jogar mais uma partida oficial daqui a duas semanas. E dessa vez perante a torcida, de quem todos devem estar com saudades.
Chamando a responsabilidade
Alex interferiu e chamou os companheiros para conversar. Aquele abraço que deu no técnico Marquinhos Santos ao marcar o gol da virada contra o Arapongas teve um significado muito maior do que a solidariedade momentânea ao seu treinador, vaiado pela torcida até então. Foi um sinal claro de que as coisas não estavam bem arranjadas e que cabia também aos jogadores uma boa dose de responsabilidade pelo que vem sucedendo no Coritiba dos últimos tempos.
Santos não tem, por exemplo, como assumir culpa de seu jogador, que tenta sair jogando e entrega a bola no peito de um adversário, que mira e faz o gol. Foi isso que o capitão coxa quis passar aos seus parceiros e à opinião pública com a atitude que tomou.
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