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A virada do Coritiba mexeu com a rodada do campeonato paranaense. Até então, tudo se encaminhava para um apanhado de resultados insossos, que mais mexiam com a base da classificação do que lá no topo. Os resultados vinham funcionando para o Londrina, que mantinha a ponta e não sentia ameaça dos concorrentes diretos.

Primeiro, porque o J. Malucelli perdeu o embalo e se enroscou em Ponta Grossa. Até mandou uma bola na trave, mas permitiu o domínio do Operário e não soube evitar a derrota, perdendo o fôlego justamente no momento mais importante do returno – como já ocorrera no turno -, quando poderia encostar no líder, com quem ainda tem confronto direto.

Com o Coritiba perdendo, a situação do Tubarão permanecia confortável também na classificação geral, mantendo a folgada liderança na ponta. Mas o Coxa encontrou forças para reagir e, sempre com Alex, chegou a uma virada que tem muito mais importância do que o placar em si ou a comemoração imediata da torcida. O resultado reduziu a diferença no geral para três pontos, o que alimenta as chances de uma reversão dessa vantagem com os jogos ainda restantes. E vantagem significa decidir o campeonato em casa, com a força da torcida.

No sábado, o Londrina optou por ser pequeno. Embora tenha o melhor time do campeonato, preferiu se defender contra o entusiasmo do conjunto alternativo do Atlético e, conquanto com força e pedigree para equilibrar a partida e atacar, foi tirando atacantes à medida que o tempo corria para tentar segurar o empate a todo custo.

Abriu mão de disputar uma vitória e de dois pontos que poderiam ser importantes na sequência do turno, pelas dificuldades que a tabela impõe, especialmente nas duas últimas rodadas, quando terá pela frente J. Malucelli (em casa) e Coritiba (fora).

A garotada rubro-negra até que foi bem, embora haja claros pontos de deficiência na equipe (o que é lógico se esperar em formação de reservas e alguns nem tanto da equipe que vai jogar a temporada nacional a partir dessa semana). Mas o entusiasmo, aliado ao estranho comportamento defensivo do adversário, pelo menos proporcionou alguns momentos de emoção nos instantes finais da partida, dando a impressão de a vitória estar bem próxima.

Só impressão. O Atlético ficou por ali mesmo, enquanto os londrinenses comemoravam o resultado, como se o objetivo tivesse sido cumprido. Foi mesmo?

Cão sarnento

Estive em Paranaguá, na modorrenta partida entre Rio Branco e Paraná Clube. Nada a contestar no resultado, vitória justa dos anfitriões. Mas o jogo foi muito fraco, tanto quanto o horrível gramado do estádio, pela reclamação dos riobranquistas, sem receber qualquer cuidado de manutenção da prefeitura. Mesmo assim o parnanguara nunca perde o bom humor. Antes da partida ouvi de um locutor de emissora de rádio local a preciosa frase: "o gramado do Gigante do Itiberê está tão feio e irregular que parece pelo de cão sarnento".

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