Na sexta-feira, quando o Coritiba realizou seu show (podemos definir assim?) de apresentação do grupo de trabalho para esta temporada, o torcedor não teve como esconder uma pequena frustração. É que torcedor quer mais, sempre quer mais. Dos reforços ali apresentados somente Alex está entre os acima da média. E não era novidade nenhuma, pois já teve sua volta festejada no fim do ano passado.
Com a confirmação da contratação de Dario Bottinelli o panorama já é outro, bem mais luminoso, pelo fato de o argentino ser um jogador de respeito e com belo currículo no futebol sul-americano. Além de Arthur, que teve boas passagens por Londrina e Paraná Clube e comporá com qualidade o grupo de ataque. E o que havia ficado meio no ar na cerimônia oficial (possíveis contratempos com Deivid) também se resolveu e o artilheiro já está treinando normalmente em Foz do Iguaçu. A rigor, a única baixa sentida foi a de Éverton Ribeiro, ainda em fase final de acerto com o Cruzeiro.
E assim, aos poucos, o Coritiba vai pegando o jeito dos grandes clubes do futebol internacional e lapidando espaços de abertura entre o que tem a dizer ou a exibir e seu séquito de torcedores.
Dos que já haviam sido apresentados na festa oficial, sou fã desse Júlio César, que conseguiu se destacar no Figueirense, apesar do fraco nível de seus demais companheiros. É atacante de boa presença de área, com inteligente visão de gol e de bons arremates. Reforça um setor que andou meio capenga nos últimos tempos e só se reergueu com a chegada de Deivid.
A apresentação de todos os jogadores (inclusive os ainda não disponíveis) foi uma inteligente estratégia de mostrar a força do Coritiba para encarar as competições desse ano. Mesmo que não possa contar imediatamente com Jackson, Emerson e Keirrison, por exemplo. Mas são atletas em fase final de recuperação e que, agregados ao grupo de trabalho, certamente serão muito úteis para os alvos a serem atingidos pela frente.
O resumo de tudo: o Coritiba vem forte para essa temporada. Sem esperar baixar a poeira da largada para saber da necessidade ou não de renovar algumas peças. A gestão profissional implantada pelo presidente Vilson Andrade (que às vezes ainda se perde em seu discurso de torcedor com desnecessárias citações aos adversários) cerca todos os setores com competência e planejamento, fatores pouco comuns no futebol de nossos dias.
Os concorrentes
Paraná Clube e Atlético também mantiveram a base de 2012. O Paraná contratou pontualmente, para preencher posições carentes. E o Atlético? Do Atlético, infelizmente nada se sabe.
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