De vez em quando me sinto falando sozinho, defendendo argumentos com os quais ninguém parece concordar. Desde o Campeonato Paranaense era favorável à escalação de Nieto no ataque do Atlético. Mesmo na reserva, cada vez que entrava, o argentino deixava a marca, a ponto de ter um ótimo aproveitamento nas conclusões, perante o número de jogos disputados.
É que o torcedor anda muito exigente ultimamente. E quer ver lá na frente de seu time um artilheiro implacável, impecável, sem o direito de errar. E esse craque, tirando uns dois ou três estrelados em atividade no futebol europeu, não existe.
Nieto não é uma sumidade, longe de ter o brilho técnico de um jogador diferenciado. De vez em quando até desliga o botão e fica meio de zumbi nas cercanias da grande área adversária. Ontem foi assim em pelo menos três oportunidades, daquelas de levar o torcedor à loucura.
Mas se não fosse por ele não teria acontecido a vitória do Atlético sobre o Internacional. Dois a zero, dois gols dele e o Atlético voltou a vencer na Arena depois de 45 dias. Porque ontem, mesmo com o maior volume de jogo dos gaúchos durante a partida, os rubro-negros tinham uma referência no ataque para a ordenação das jogadas. Ao contrário do que ocorria em outras exibições recentes, quando cada bola arremessada lá na frente voltava com a mesma velocidade, por falta de quem brigasse por ela com os zagueiros contrários.
Nieto se encaixa na definição do que antigamente era o centroavante, o tanque, aquele jogador forte que ficava rondando a área, impedindo a saída dos beques e disputando cada bola para lá endereçada. Daqueles que perdem gols tanto quanto fazem e decidem as partidas quando menos se espera.
Claro que Nieto não ganhou o jogo sozinho. Mas foi o principal personagem. Além dele, dois outros destaques atleticanos: Renan Rocha e Marcinho. O primeiro, por impedir a marcação de dois ou três gols do Internacional. Marcinho, que entrou no intervalo, por modificar o ritmo de jogo, dando fluidez às jogadas do Atlético, até então dominado pelos colorados.
Tão injuriado andava o torcedor rubro-negro que até buzinaço teve na saída da Baixada. Apenas por uma vitória, que em outros tempos seria normal em casa. Vitória quem nem livra o time da zona de rebaixamento. Mas pelo menos serviu para mostrar que o pessoal está disposto a lutar. Ainda mais agora, com um artilheiro a fazer das suas lá na frente.
Sono
Figueirense e Coritiba pareciam nada querer com o jogo. Partida insossa, com as equipes acomodadas com as colocações na classificação. O sonho da Libertadores exigiria mais postura, mais atitude fora de casa. E o Coxa continua exatamente igual, impotente quando se apresenta longe do Alto da Glória.
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