Vem com a força de um tsunami, sem tempo para qualquer reação. É a imagem do Coritiba de hoje, que simplesmente passa por cima dos adversários, como se nada houvesse de resistência. Alguns jogadores do Iraty ainda faziam o sinal da cruz e a rede já estava balançando, no registro do gol mais rápido do campeonato paranaense.

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Vinha acompanhando pelo rádio, quase chegando em casa, e foi divertido ouvir o narrador atropelar a vinheta para narrar o gol que já havia acontecido.

Com essas musiquinhas que a rádio toca, alguns segundos se vão quando a bola começa a rolar. "Deixa comigo, garoto, que vamos juntos curtir o futebol..." – e coisas assim. Enquanto isso tinha saído o gol.

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Para quem acompanhava pela televisão, também foi um susto e não foram poucos os que tiveram de esperar pelo intervalo para ver direito o gol de Anderson Aquino. Imagine, então, como deve ter sido para os jogadores do Iraty, que ouviram atentamente a preleção do treinador sobre quem deveria marcar quem e, logo nos primeiros segundos de jogo, viram tudo desmoronar.

Assim segue o Coxa, demolindo um oponente após o outro, somando recordes e quebrando escritas. E o que hoje já se discute nem é se o time vai ser campeão. É quando vai ser campeão, tamanha a diferença técnica perante os adversários, mesmo que venha tendo seguidas e preocupantes baixas no curso da vitoriosa campanha.

Esse, sim, pode ser o único obstáculo: o Coritiba perder para ele mesmo. Não fossem as boas contratações, com reservas de nível técnico equivalente ao dos titulares, as lesões musculares já poderiam estar corroendo a harmonia da equipe. Eram três fora da partida em Irati e mais três saíram durante o jogo. O que estaria acontecendo?

Desastre

O Paraná Clube ainda fazia contas para o título do turno. Discreta­­mente, mas fazia. Mas caiu feio em Paranavaí e agora tem dificuldades até em fechar os números para evitar o rebaixamento. Além de jogar mal e cair de quatro, viu os concorrentes diretos subirem e voltou à incômoda zona do rebaixamento. E com chances de se distanciar ainda mais do Rio Branco, concorrente direto, que paga no meio de semana o jogo a menos que tem a cumprir contra o Cascavel, em Paranaguá.

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Dos seguidores mais próximos do Coritiba, apenas o Atlético confirmou o serviço. O Operário, mais uma vez, entregou o ouro em casa. Na Baixada, contra o último colocado, pelo menos o Rubro-Negro fez o placar, embora muito distante do modelo de apresentação desejado pela torcida. Mantém os cinco pontos de diferença e ainda alimenta uma esperança de poder chegar ao Atletiba em condições de virar a vantagem. Tor­­cendo para um tropeço do maior rival. Alguém vê alguma possibilidade?