Sem encontrar obstáculos, o Coritiba vai levando, rodada a rodada, o Campeonato Paranaense. Ontem, em Cascavel, a sensível diferença técnica entre as equipes foi flagrante e transformada em gols já a partir dos primeiros momentos da etapa inicial.
Tão grande é a superioridade do Coxa em relação aos demais concorrentes que a impressão que passa é a de estarmos acompanhando dois campeonatos distintos. Um deles disputado por 11 clubes, que tentam se posicionar da melhor forma possível em relação ao turno e à classificação geral. O outro pertence apenas ao Coritiba, que desfila sozinho montando seu próprio calendário, conforme o ritmo empregado neste ou naquele jogo. Ou seja: decide quando vai ser campeão. Hoje, em quatro rodadas, já abre três pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Operário, com quem já jogou e não dá nem sequer a prerrogativa de tentar se aproximar pelo confronto direto.
E é bom lembrar que o time coxa de ontem estava sensivelmente desfalcado, cinco ou seis titulares do início da temporada estavam fora. E nem assim houve queda de rendimento, tamanho é o entrosamento entre seus jogadores, entre quem entra na equipe.
Certo que esse papo é como chover no molhado, pois é só o que se diz desde o início do campeonato. Mas há quem possa dizer algo em contrário?
Protestos exagerados
Ninguém gostou do resultado. E nem poderia ser diferente. No sábado a torcida do Atlético protestou, por ver o time cada vez mais longe da chance de disputar o título estadual não se justificam, porém, as agressões físicas e intimidações após a partida.
Só que dessa vez o time não jogou mal, como até o fez em algumas vitórias recentes nas quais a torcida também protestou. O Operário é um adversário qualificado, que foi à Baixada disposto a disputar diretamente a posição e por isso não se limitou a ficar atrás, encolhido, tentando se livrar da bola a todo custo. Jogou e deixou jogar, protagonizando uma partida aberta e de muitos lances emocionantes.
Tanto que o goleiro Ivan (e não pela primeira vez) foi o melhor em campo. Fez pelo menos três defesas das ditas impossíveis: uma cabeçada de Nieto, uma cobrança de falta de Paulo Baier e um arremate de Madson. Contando isso e mais umas três oportunidades perdidas (duas incríveis com Baier), a história do jogo poderia ter sido outra. Ah, sim, para ser justo, Mateus também deixou de marcar em uma chance do Fantasma.
Não há razão, portanto, para tanta indignação. Há problemas localizados no lado direito da defesa, caminho aberto para os gols do Operário. Mas o meio de campo criou e o ataque finalizou. Se a bola não entrou foi porque do outro lado havia um goleiro escalado exatamente para tentar impedir o gol. E um time forte, que não está no campeonato apenas para cumprir tabela.
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