O currículo do novo técnico do Atlético, Paulo César Carpegiani, não é de se jogar fora. Ano passado levou o Vitória ao título baiano. Tem longa experiência internacional. Treinou o Cerro Porteño, do Paraguai; Al Nasr, do Emirados Árabes Unidos; Barcelona do Equador, além das seleções do Paraguai e do Kuwait.

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No início da temporada de 2001 obteve um aproveitamento de 75% dirigindo o Furacão, já preparando o time com que Geninho seria Cam­peão Brasileiro no final do ano.

Mas o mais importante que se observa na folha curricular de Carpegiani foi dirigir a seleção do Paraguai na Copa de 1998, perdendo somente nas oitavas de final para a anfitri㠖 e depois campe㠖, a França, na prorrogação.

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Portanto, apesar do nome do gaúcho de Erechim não ter sido o primeiro da lista, Valmor Zimer­­mann acertou em cheio na contração: nada melhor para o atual "falso" time do Atlético do que Carpe­­giani. Seu desafio será transformar o Rubro-negro em algo verdadeiro, palpável, que dê um mínimo de confiança a seus torcedores.

Nestas cinco primeiras rodadas da Série A, quando entra em campo, você só pensa de quanto o Atlético irá perder. É uma caixinha de surpresas desagradáveis, só desagradáveis. Os torcedores atleticanos andam morrendo de vergonha do time, a ponto de preferir não ver seus jogos, nos quais já nos primeiros toques de bola anuncia-se o fiasco iminente.

Nesta terça Carpegiani fará treino com o time e comandará o jogo contra o Bota, na Arena, amanhã. Técnico novo é sempre indício de desdobramento dos atletas para garantir vaga no gramado ao apito inicial. É um time para ser reinventado, de trás para frente, lado a lado.

Esta chiadeira da seleção com a bola oficial do Mundial da África, a Jabulani, fabricada pela Adidas, está cheirando a manivérsia de marketing da Nike, patrocinadora da seleção de Dunga.

Luiz Fabiano garante que ela é "sobrenatural"; o goleiro Julio César afirma que ela parece dessas que a gente compra em supermercado; Felipe Melo disse que ela é do tipo "patricinha", não gosta de ser chutada.

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A Adidas saiu em defesa de sua bola com um depoimento de Kaká, patrocinado pela marca, dizendo que "para mim, o contato com a bola é muito importante; e é ótimo com essa bola". Ora, vejam só, a se­­leção com medo de bola. E de jornalista, como demonstraram Fe­­lipe Melo e Kaká, depois de imbróglio com um repórter italiano. Melo até mandou um cala-boca para o toscano.

A seleção entrou em Curi­tiba muda e saiu calada; em poucos dias na África está mais estridente do que as vuvuzelas.