Um ranking elaborado pelo SporTV News sobre os melhores centros de treinamento, entre os 20 clubes da Primeira Divisão, colocou o CT do Caju ora locado pela seleção brasileira em segundo lugar.
O CT do Galo mineiro ficou em primeiro. Através de mais de 400 itens, com pontuações específicas para cada um deles, o melhor CT do país granjeou 3.538 pontos, contra 3.509 do segundo colocado. O pior deles é o do Grêmio Prudente, o que não é nenhuma surpresa, beliscando minguados 395 pontos.
O levantamento do SporTV revelou também algumas curiosidades como, por exemplo, o CT do atual campeão brasileiro, o Flamengo (11º colocado do ranking), não contar com refeitório. O do Santos (5º) privilegiou o salão de jogos, o melhor entre os 20 (a meninada do Peixe gosta mesmo de diversão); o Corinthians (13º) tem o pior CT entre os grandes paulistas.
O CT do Atlético Paranaense, para manter a honrosa segunda posição, precisa rebolar para manter o local funcionando, vendendo um jogador aqui, outro ali, fazendo caixa para as despesas.
Além da estrutura catedralesca, de 220 mil m2, a folha de pagamentos exige recheio para dar conta de mais de 100 funcionários especializados.
Sabemos que a CBF escolheu o Caju como pista de decolagem à Copa africana mais pelo clima do que pela sua qualidade inquestionável. Johannesburgo estará muito parecida com a gelada Curitiba no dia 15 de junho.
Durante o jogo entre os Atléticos, donos dos dois melhores CTs, no último domingo, no Mineirão (3 a 1 pro Galo), a temperatura em Curitiba rodeava os 15 graus, enquanto em Belo Horizonte abanava-se com o dobro, em torno de 30 graus.
Nosso frio e a frieza de Dunga trouxeram o escrete nacional para cá. Robinho e cia. devem estar batendo os dentes enquanto você lê isso. Se na região central da capital, com todos os prédios e movimentação, já sentimos um frio de ceroulas, imagine como não é no aberto bairro Umbará, endereço do CT do Atlético.
Pena que a seleção já vá embora amanhã, quarta. Até sexta a temperatura cairá ainda mais, segundo previsões. Mas até amanhã os jogadores canarinhos poderão sentir as últimas rajadas de frio, agora um pouco amenizadas com o calor da torcida, que ganhou passagem depois de gritaria às portas do CT. A fria Curitiba conseguiu, enfim, quebrar o gelo protocolar de Dunga.
Mas a questão principal, em se tratando do CT do Caju, é a seguinte: como pode tal estrutura, invejável, desejada, produzir apenas este time sofrível do Atlético? Onde estão os resultados de tanto esforço e trabalho para se ter o segundo melhor centro de treinamento do país? Vestindo a camisa do Atlético Paranaense é que não estão.
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