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A contratação de um técnico de "impacto" prometida no Furacão teve um vigor de traque. Falcão, Bielsa e Caio Júnior, nomes que foram ventilados, não emplacaram, por motivos x, y e z. Então foi necessário puxar da cartola um coelho que já estava ali dormitando há tempos, à espera de uma mão que o retirasse.

Geninho, o plano D, é herói na Baixada. Mesmo assim está longe de ser a esperada negociação impactante. Os atleticanos ficaram divididos "mezzo a mezzo" com o nome do comandante do título brasileiro de 2001.

A verdade é que a volta de Geninho significa um retrocesso. Talvez uma tentativa apressada e embaraçosa de resgatar os dias de glória do Furacão, que já vão longe. Os já impacientes torcedores rubro-negros vêm assistindo a coisas estranhas e ineficientes no Atlético, além de sua zaga.

Contudo, é claro, "fessor" Geninho é capaz de contrariar as estatísticas e provar que um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar.

E sabe muito bem que quando pisar na Arena da Baixada, para o jogo de domingo contra o Rio Branco de Paranaguá, pela rodada saideira do primeiro turno do Estadual, ouvirá murmúrios de respeito e ceticismo. Sabe também que o Rio Branco a ser batido, prioritariamente, não é este, é o do Acre, que fez a gentileza de alertar ao Atlético o quanto ele vai mal das pernas neste início de temporada.

No jogo da volta contra os acreanos, pela Copa do Brasil, a torcida espera que Geninho entre com a carne, o carvão e a cerveja. E por precaução um fósforo no bolso para acender o fogo, que não vem ardendo na proporção da paixão do torcedor pelo Furacão.

Já o anúncio de Ricardo Pinto no Tricolor foi mais digerível, simétrico. Não há muita coisa a fazer na Vila além de continuar apostando, como sempre, em novos possíveis talentos. De jogador a treinador, passando pelo almoxarife, sempre foi assim e assim parece que permanecerá, amém.

Pinto chegou dizendo quantas vitórias precisará para escapar da guilhotina – sete. Bom que já tinha feito as contas, para não esquecer o tamanhinho do saldo do time da Vila no Paranaense.

E "fessor" Pinto estreou muito bem. Garantiu passagem à segunda fase da Copa do Brasil com surpreendente 3 a 0 no Gurupi-TO – naquela altura, como vinha o time, foi mesmo uma surpresa, das boas. E bom também que o Tricolor deu fim a sua constrangedora virgindade em vitórias no ano. Geninho eu não sei. Mas Pinto parece que está no lugar certo, na hora certa.

A impressão que deu é que Marcelo Oliveira, "fessor" alviverde, escalou bichos-preguiça contra o Ypiranga-RS, no Couto, pelo jogo de volta da Copa BR. Foi de cabecear o travesseiro, mas mesmo assim as preguiças superaram a primeira fase da galhuda árvore da Copa do Brasil.

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