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Em semana de Atletiba a cidade fica em polvorosa. Uns ansiosos pelo início do jogo e outros pelo término do embate. O clássico-mor do futebol paranaense apavora. Alegra e assusta meio mundo. Vai movimentar tanta gente que só de policiais militares daria para montar quase 32 times de futebol.

Medidas de segurança, como o anel em torno do Couto Pereira – onde só entra com banho tomado, ingresso à mão e nada de camiseta de organizada –, além do juizado especial criminal dentro do estádio, são alguns reforços bem-vindos ao jogo mais esperado do ano.

A preocupação para manter a paz entre os homens de boa vontade deve ser estendida aos terminais de ônibus, ponto nevrálgico em dias de jogo qualquer, imagine em um deste naipe, que pode sacramentar o título do primeiro turno ao Coxa ou talvez levar à última rodada o desfecho desta metade do Estadual.

No dérbi entre Atlético e Para­­ná Clube, na Arena, foi montado esquema semelhante, mas com a chuva e o pequeno público – pouco mais de 12 mil – os agentes da segurança puderam até esticar os olhos nos cinco gols do Furacão e naquele gol solitário do Tricolor da Vila.

Não houve uma ocorrência sequer antes, durante e depois do dérbi Rubro-Negro/Tricolor. Nem mordida de cachorro. Nem mesmo um saquinho de pipoca escorregou das mãos de alguma criança. Tudo na maior paz e amor. E é assim que gostaríamos de ver o Atletiba de domingo.

O "fessor" alviverde Marcelo Oliveira fez treino secreto ontem. Mas nem precisava. Todos sabem que treinou antídotos contra as bolas paradas de Paulo Baier. É aí, sobretudo aí, que mora o perigo pelo lado rubro-negro, ainda que temos visto a trupe da Baixada variando um pouco seu repertório, com o maestro Baier permitindo que até Nieto toque sua gaita.

Com média de um jogo a cada três dias, o Coxa entra no clássico em plena forma, voando baixo com os baixinhos Marcos Auré­­lio, Rafinha, Leandro Donizete, Davi e companhia. Será um time veloz versus um time matreiro, astuto.

Um empate bastaria para o Co­­xa botar o primeiro turno no bolso e o tíquete para a decisão do PR-11, caso ele próprio não abocanhe também o 2º turno. Para o Atlético, além de vencer, teria também de bater o Rio Branco na Arena – para isso talvez não precise nem do Baier – e vestir a camisa do Cianorte contra o Coxa, na rodada saideira, em Cianorte.

O Leão do Norte precisaria pelo menos empatar com o Alvi­­verde. Assim a dupla Atletiba so­­maria 24 pontos. O desempate sairia do número de vitórias, que nesta hipótese o Furacão ficaria com oito e o Verdão manteria suas sete atuais.

Para facilitar a dura tarefa do Cianorte, o Atlético poderia oferecer ao time do interior aquele atacante que só joga em retas finais de campeonato, o "Malleta Blanco".

Com o Coxa sem nenhuma derrota – único invicto –, os ru­­bro-negros sabem que esta combinação é possível, porém tão complicada quanto fritar ovo em um bule. Ou fazer café numa frigideira.

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