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A primeira rodada do 2.º turno começa sem a atenção merecida. E não é para menos. Programar jogos em pleno feriado de carnaval – neste sábado e domingo – é quase o mesmo que tentar vender pacote turístico para a Líbia nestes dias.

Uma pena, pois o principal jogo da abertura do returno é nada menos do que entre líder e vice-líder. Coxa e Operário fazem um duelo interessante no Couto, no domingo de carnaval, à noitinha. Vai faltar fo­­lião para pular no Alto da Gló­­ria, seja pelo Alviverde ou pelo Alvinegro.

Na verdade faltará folião em qualquer parte da cidade. Com chuva e frio, é mais fácil achar aquele pé de meia que sumiu há meses do que encontrar alguém animado para o "entrudo" ou para uma partida de futebol. Os que não fogem da cidade se escondem em casa – alguns são encontrados dias depois dentro da despensa, balbuciando algo como "e aí, o ano já começou?".

O Operário, a partir da metade do primeiro turno, encorpou e se tornou bem menos etéreo e impostor do que vinha de­­monstrando no início. To­­mou do Cianorte o lugar de sen­­sação do interior e faz tempo que deixou de respeitar a casa dos outros, se folgando a ponto de abrir a geladeira e botar pipoca no micro-ondas.

Quanto ao Coxa, quer apenas mostrar – mesmo para uma plateia de Cinemateca – quem manda no Estadual.

Mais uma vez vimos o Atlético se antecipar e apontar o dedo em direção ao bom senso. Disse que não jogaria no campo do Arapongas e conseguiu transferir o jogo para o Waldemiro Wagner, em Para­­navaí. Coxa e Paraná jogaram no Estádio dos Pássaros, pela 5.ª e 10.ª rodadas, respectivamente, sem chiar.

Quem chiou foi a tevê, que mostrou em cadeia nacional um gramado com capim alto feito sovaco de estivador, no primeiro jogo, e pelado, desértico, com a areia pintada de verde, tentando enganar as lentes da televisão, no segundo jogo. Com o devido respeito, parecia maquiagem de traveco.

O Paraná, também no do­­min­­go de carnaval, vai até o "Ecoestádio" Janguito encarar o Timãozito. Ainda caseiro, fal­­ta ao Pinto emplacar uma fora de casa. Para isso basta pu­­lar a cerca alta que separa a BR-277 do simpático e pequenito estádio. Ricardão não precisa temer. Pouca gente vai tes­­temunhar.

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