Hoje é sábado, amanhã é domingo. Há uma tensão inusitada. Hoje o Atlético recebe o Iraty na Arena. Há partidas difíceis, outras fáceis. Contra o Corinthians-PR foi difícil, de virada, decidido num lance pastelão e outro aguerrido, desenhado por Guerrón, solitário guerreiro. E hoje? Hoje é que é o dia do presente. O dia é sábado. Como será?

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Hoje é sábado, amanhã é domingo. Neste momento todos os bares estão repletos de homens bebericando e lendo jornal, fazendo palavras cruzadas, cruzando informações, fofocas. "O Atlético não pode nem empatar o jogo de hoje. Corre o risco de se afastar perigosamente do Coxa", veio ali daquela mesa.

Hoje é sábado, amanhã é domingo. Domingo de clássico. Um Paratiba com favorito. Clássico costuma não ter favorito, este tem. Aos paranistas é impossível fugir a essa dura realidade: o Coxa tem mais cocha. Seu bonde vem andando em cima dos trilhos. O Paraná é uma mulher que apanha e cala. Há a sensação angustiante.

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Porque hoje é sábado, você pode comer mais, beber mais e torcer à vontade. Domingo não, domingo é para curar a ressaca, as dores, a culpa. Se prolongar o sábado até domingo, certamente terá uma segunda-feira mais aborrecida do que já é. Mas isso não é necessário: o sábado é o dia mais longo da semana. Começa na sexta, no happy hour, e se estende até à madrugada de domingo.

Os atleticanos terão um dia com mais de 24 horas, porque hoje é sábado. Terão tempo suficiente para a feijoada e a sesta. Depois, às cinco da tarde, dar as caras inchadas e marcadas pelo travesseiro na Arena. "O Atlético não pode nem empatar o jogo de hoje. Corre o risco de se afastar perigosamente do Coxa", ressoa ainda nos ouvidos o que escutou durante os aperitivos antes do almoço.

O Coxa não é apenas favorito no clássico. Soma também o favoritismo ao título, ao bi. Só há um que pode impedir isso. "Não é por causa de um joguinho de primeira rodada que o Coxa é melhor que o Atlético", esbravejou o presidente rubro-negro Marcos Malucelli, em resposta a uma prematura porém intrigante pergunta em sua entrevista coletiva.

Não há nada como o tempo para passar. A vida vem em ondas, como o mar. Até o clássico Atletiba, na penúltima rodada deste turno que corre solto, muito sábados e domingos virão, veremos. Foi muita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas por via das dúvidas livrai-nos meu Deus de todo mal, pedem os rubro-negros, para chegar no Atletiba mão por mão, pé por pé.

"Não é por causa de um joguinho de primeira rodada que o Coxa é melhor que o Atlético". Tomara que não. Senão o Estadual perderia sua graça, que já é deste tamanhinho.

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E dando os trâmites por findosPorque hoje é sábadoHá a perspectiva do domingoPorque hoje é sábado

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