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A final da Copa das Confederações contra a Espanha, hoje, no Maracanã marcará a despedida de Neymar do futebol brasileiro | Albari Rosa, enviado especial/Gazeta do Povo
A final da Copa das Confederações contra a Espanha, hoje, no Maracanã marcará a despedida de Neymar do futebol brasileiro| Foto: Albari Rosa, enviado especial/Gazeta do Povo

Situação inimaginável há alguns dias, a seleção brasileira – caso conquiste a Copa das Confederações – deixará o Maracanã na noite de hoje com status de favorita para o Mundial de 2014. Uma vitória sobre a Espanha na decisão marcada para as 19 horas tem esse poder.

Não há adversário mais forte atualmente a ser batido – ninguém consegue isso há 29 jogos oficiais (válidos por torneios da Fifa ou Uefa), sem contar amistosos. O time europeu também não toma gols em jogos eliminatórios há quatro anos, desde que foi eliminada pelos Estados Unidos na semifinal da Copa das Confederações de 2009 (foram oito confrontos no período).

O respeito estaria recuperado e a tranquilidade assegurada para o último ano de preparação.

"Ganhando, mandamos uma mensagem a todas outras seleções de que estamos no caminho para disputar o título de 2014", afirma Felipão.

Ele repetiu algumas vezes durante a campanha que a equipe não estava no mesmo patamar das melhores do mundo, lideradas pela Espanha. Agora, fazer uma boa apresentação já basta para convencê-lo.

"Se jogarmos bem e por determinadas situações não ganharmos, também mandamos essa mensagem. É um dia especial para nós, queremos mandá-la principalmente ao torcedor brasileiro."

O grande astro nacional comemora essa oportunidade. "Futebol é maravilhoso por causa disso. Às vezes na quarta-feira o time vai mal e os jogadores são os piores do mundo.

No domingo, se forem bem, são os melhores", diz Neymar. Ele simboliza a situação. De contestado pelas atuações discretas na seleção e a queda de produção no Santos, passou no torneio-teste a um camisa 10 decisivo, esperado ansiosamente no Barcelona.

É a peça mais importante de um time que ganhou feições definidas em 32 dias de trabalho, dois amistosos e quatro jogos oficiais – após o empate com a Inglaterra abrindo a série no Maracanã, uma sequência de vitórias sobre França (Porto Alegre) – no último amistoso –, Japão (Brasília), México (Fortaleza), Itália (Salvador) e Uruguai (Belo Horizonte). No caminho da equipe que não ganhava de grandes adversários, ficaram derrotados três campeões do mundo.

A reação enche de confiança a seleção eliminada nas quartas de final na Copa de 2010 – com Dunga no comando –, na mesma fase na Copa América de 2011, derrotada na final da Olimpíada de 2012 – período no qual era reformulada pelo antecessor de Felipão, Mano Menezes – e que entrou na Copa das Confederações ocupando sua pior posição no ranking da Fifa: 22.ª colocação. "Chegamos aqui com uma cara e hoje já é outra", crava Neymar.

Tanto que jogadores e treinador projetam um duelo equilibrado com a líder absoluta do ranking, atual campeã mundial e bicampeã europeia.

A última derrota espanhola em jogos oficiais foi para a Suíça, na estreia da Copa de 2010; seu último revés no geral foi no amistoso com a Inglaterra, em novembro de 2011. De lá para cá, 19 vitórias e 7 empates.

Números tão imponentes que Felipão também trabalha com a sensação de que mesmo em caso de derrota a tristeza do momento tende a ser substituída pela impressão de que ao menos montou uma base confiável em seis meses.

Para ele, inclusive, não necessariamente o título será bom e a derrota ruim. Antes da semifinal com o Uruguai, havia dito que a conquista poderia mascarar erros e uma queda apontar problemas.

Com o time "mascarado", tranquilo ou com ajustes por fazer, a preparação para 2014 seguirá no segundo semestre em sete amistosos. O primeiro deles com a Suíça, na Basileia, dia 14 de agosto.

Outro adversário já definido é Portugal, em Boston, dia 10 de setembro. Seriam nove jogos, mas Felipão pediu para não disputar o Superclássico das Américas, duelos de ida e volta com a Argentina que envolvem apenas jogadores de clubes dos dois países. Ele teme que a inclusão de algum insatisfeito atualmente crie problemas e mostra que não pretende fazer muitos testes.

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