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Felipão espera um pacto entre torcida e time, hoje, no Maracanã | Albari Rosa, enviado especial/Gazeta do Povo
Felipão espera um pacto entre torcida e time, hoje, no Maracanã| Foto: Albari Rosa, enviado especial/Gazeta do Povo

Estádio

Seleção carrega aproveitamento de 73% no Maracanã

Jogando no Maracanã (foto), a seleção brasileira é quase imbatível. Dados disponibilizados nos sites da Fifa mostram que, em 104 jogos oficiais no estádio, a equipe nacional só perdeu sete vezes. Foram 23 empates e 74 vitórias.

O aproveitamento é de 73,3%. Mas, especialmente antes de uma final, a lembrança evocada sempre é a do Maracanazo – derrota para o Uruguai na decisão da Copa de 1950.

"Temos a oportunidade de começar a mudar essa história", disse o lateral-direito Daniel Alves, lembrando que no ano que vem a final da Copa também será no Rio. "O Maracanã historicamente para a seleção é algo fantástico, especial. Quando estamos em um lugar desses temos de fazer valer a condição de jogar ali".

Na segunda decisão jogada pelo Brasil no estádio, Romário e companhia venceram o mesmo Uruguai por 1 a 0 – gol do Baixinho – para conquistar a Copa América de 1999.

A última derrota no estádio foi em 29/4/98, contra a Argentina (0 x 1).

Convicção. Se existe uma virtude visível em Luiz Felipe Scolari nesta Copa das Confederações é essa.

Felipão aposta no mesmo time desde o último amistoso preparatório para a Copa das Confederações – só não o escalou cinco vezes seguidas porque o volante Paulinho se lesionou antes do jogo contra a Itália.

Na véspera da decisão contra a Espanha, deixou bem claro que não é hora de mudar, apesar das fracas atuações de jogadores como Hulk e Oscar. A nova família do comandante está fechada.

"Temos de ter uma formação e vai ser a mesma. Apesar de alguns não terem gostado, eu gosteI", soltou o treinador.

Sobre os dois mais questionados, repete que estão fazendo muito bem a função tática solicitada – movimentação para formar um trio de meias-atacantes com Neymar e voltar para ajudar na marcação.

Ele usou como exemplo a seleção italiana, com um trio defensivo no jogo anterior.

"Imagina se eu boto três zagueiros. Sou crucificado. Aquilo lá é uma forma de jogar típica da Itália, nós não podemos ter de um dia para o outro essa formação", explicou.

Ele já chegou a treinar a seleção desta forma algumas vezes, adiantando David Luiz para proteger a dupla de zaga, com a entrada de Dante ao lado de Thiago Silva. Outra opção de mudança que ficará para o decorrer da partida é a substituição de Hulk ou Oscar por Hernanes – reserva mais utilizado.

Felipão quer um time entrosado, não necessariamente brilhante. "O jogo bonito passa. Quem ganha fica para a história", decretou, acrescentando que se for possível gostaria das duas coisas. Como exemplo, falou sobre a "Família Scolari" da Copa do Japão e da Coreia do Sul. "Jogou bonito, fez 18 gols [em sete partidas]. Às vezes, joga bonito e ganha..."

Ele tem essa experiência, mas diz que não usará nas conversas com os atletas. "Vou me centrar no que fizeram até agora e no que pode ser feito amanhã [hoje]. São responsáveis, quem sabe, por uma mudança profunda no nosso futebol, por coisas que poderíamos já ter, de integração maior com os torcedores".

Uma amostra disso o time teve ao percorrer o caminho do hotel até o Maracanã, ontem. "Foi um ‘passseio’ de 40 minutos ali pela praia. Vimos todo mundo na rua feliz, acenando e acreditando".

Felipão contou que só se fala de uma coisa entre os atletas. "Vejo eles conversando muito mais sobre essa final do que eu imaginava. É preciso até segurar um pouquinho [para tirar a ansiedade]".

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