Córdoba, Argentina - Dois dias após o capitão Lúcio fazer um discurso contra o individualismo, recado para Neymar, o jovem camisa 11 da seleção brasileira resolveu aparecer na Copa América. Mas sem o preciosismo que o atrapalhou nas duas primeiras partidas. Atuando objetivamente, foram dois gols e a jogada individual em outro na vitória por 4 a 2 sobre o Equador tudo no segundo tempo. Alexandre Pato, que também estava devendo, fez os outros dois.
O Brasil se classificou em primeiro no grupo B com cinco pontos. Agora volta a enfrentar o Paraguai. O jogo será às 16 horas de domingo, em La Plata.
Lúcio havia defendido o jogo de equipe, mas ele voltou a não funcionar. O time foi irregular, deu espaços e chegou a sofrer dois gols do fraco Equador. Acabou salvo por lampejos individuais. Primeiro Pato mostrou oportunismo ao marcar de cabeça. Ninguém contava, porém, com o frango de Júlio César em chute de Caicedo.
O 1 a 1 deixava a seleção em terceiro, e mais um golzinho equatoriano significaria uma vexatória eliminação. Mas Neymar acordou. Logo de cara funcionou a parceria com Ganso. O camisa 10, sumido até então, deixou o amigo na cara do gol e ele não perdeu a chance.
Caicedo ainda voltaria a empatar, aproveitando bobeada da defesa. O setor tão elogiado, considerado pilar de uma possível evolução, sofria seu quarto gol.
Logo em seguida, porém, Neymar fez uma de suas poucas jogadas individuais. Após deixar a zaga para trás, o chute ficou no goleiro Elizaga, mas Pato aproveitou o rebote para fazer 3 a 2. Ainda houve tempo para o camisa 11 ter mais uma prova de que a simplicidade também resolve. Maicon, que ganhou a vaga de Daniel Alves na lateral direita e fez uma ótima partida, cruzou rasteiro para ele marcar o quarto.
Neymar e Pato se consolidaram como artilheiros da era Mano, agora cada um com cinco gols. "Era uma partida que todos esperavam. Uma decisão. Tínhamos de garantir de qualquer jeito [a classificação]. [Agora] é trabalhar, esquecer tudo. É uma nova Copa América."
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