Paraná teve de suar muito a camisa para conseguir a vitória sobre o Gama no Mané Garrincha| Foto: Wesley Marcelino / Futura Press

Confira a ficha técnica e os principais lances da vitória do Paraná

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Assista aos gols da partida

O Gama pressionou muito o Paraná e fez Mauro trabalhar constantemente, mas o que valeu foram os três pontos conquistados em Brasília
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Mais três pontos e o Paraná Clube estará garantido na Série B do Brasileirão em 2009. O cálculo agora é uma realidade graças à vitória do Tricolor por 2 a 1 sobre o Gama, em partida disputada na noite desta terça-feira no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. A equipe alternou bons e maus momentos, porém mostrou muita raça para superar a expulsão de Pituca e ganhar com um pênalti no último lance do jogo.

A chuva que caiu em Brasília durante todo o dia apagou boa parte das marcações do gramado, o que atrasou o início da partida em 23 minutos. Nas arquibancadas, outro fato curioso: apenas 118 "testemunhas" pagaram ingresso, para uma renda de R$ 754 reais.

A partir do momento em que a bola pôde rolar no campo molhado, o desesperado Gama foi para cima, e o Paraná procurou os contra-ataques. Os dois goleiros tiveram trabalho durante praticamente todo o jogo, que ganhava contornos de 0 a 0, até o zagueiro Leandro abrir o placar para os paranistas no segundo tempo. Mas três minutos depois o Gama empatou, em uma penalidade cometida por Agenor.

O Tricolor ainda jogou com um a menos no fim do segundo tempo, e quando o empate já era considerado um bom resultado, veio o lance decisivo. O zagueiro paranista Fabrício levou a bola ao ataque e foi derrubado na área. Na cobrança, o próprio jogador bateu com categoria e assegurou os três.

O Paraná chegou aos 43 pontos, e se distanciou da zona do rebaixamento. Se vencer a Ponte Preta no próximo sábado, às 16h20, na Vila Capanema, o Tricolor põe fim ao "fantasma" da Série C. Já o Gama está virtualmente rebaixado para a Terceirona com a derrota, e vai jogar no sábado, às 20h40, diante do Criciúma em Santa Catarina.

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"Momento várzea": jogo atrasa 23 minutos

O jogo entre Gama e Paraná começou com 23 minutos de atraso, graças à ausência das marcações mínimas no gramado do Mané Garrincha. A chuva que caiu durante toda a terça-feira em Brasília apagou as marcações, principalmente nas duas grandes áreas do campo, e desta forma o árbitro André Luiz de Freitas Castro ordenou que funcionários da administração do estádio refizessem as marcações.

Já não bastasse o fato, digno da várzea, os funcionários ainda remarcaram as duas áreas, diante das câmeras de televisão, com linhas tortas. O tom inusitado do atraso alegrou alguns jogadores, que não contiveram os risos, mas irritou os preparadores físicos dos dois times.

Goleiros mantêm o zero no placar em jogo veloz

Quando a bola finalmente pôde rolar na capital federal, Gama e Paraná mostraram muito fôlego e fizeram uma partida de muita correria. Cientes de que o gramado encharcado seria um adversário extra aos goleiros, os jogadores não hesitaram em chutar de fora da área, obrigando o arqueiro André Zandoná (Gama) e Mauro (Paraná) a mostrar bons reflexos e uma pitada de sorte.

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Em todo o primeiro tempo, a iniciativa foi do Gama, que além dos arremates de longa distância também levantava várias bolas na área, todas endereçadas ao atacante Adriano Magrão, que passou pelo Tricolor em 2005. O jogador teve pelo menos três boas oportunidades, porém não conseguiu balançar as redes.

Do outro lado, o Paraná apostou sempre nos contra-ataques, os quais levaram muito perigo. Em quatro chegadas, o Tricolor só não abriu o marcador por conta de Zandoná e da falta de precisão. Os comandados de Paulo Comelli só não criaram mais chances por conta dos excessivos passes errados. Alguns deles, na saída de bola do time, deixaram os visitantes em apuros.

Paraná mostra raça e consegue vitória nos acréscimos

Insatisfeito com o rendimento de Giuliano, o técnico do Paraná sacou o meia e colocou o volante Vagner em seu lugar. A modificação parecia ter recuado o Paraná, já que o Gama partiu para cima e criou duas boas chances de marcar nos primeiros 10 minutos. Mas a partir daí a tática de contra-atacar com velocidade dos paranistas começou a funcionar e envolver os donos da casa.

Em um minuto, entre os 13 e os 14 do segundo tempo, Ricardinho saiu na cara do gol em duas oportunidades, e em ambas o goleiro Zandoná mostrou boa presença, evitando os gols. Aos 19, mais uma vez Ricardinho teve ótima chance, mas o Gama conseguiu interceptar e colocar a bola para escanteio. Na cobrança, logo no minuto seguinte, a zaga cabeceou contra o próprio gol, e Leandro aproveitou o rebote para chutar duas vezes e marcar.

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Nem bem havia comemorado o gol e o Paraná sofreu o empate. Na saída de bola, o Gama partiu para o ataque com Dendel, e o jogador acabou calçado na grande área por Agenor. Na cobrança da penalidade máxima, Pedro Paulo igualou o placar, aos 23 minutos. Se ceder o empate logo após sair na frente já era ruim, as coisas ficaram ainda piores para o Tricolor com a expulsão de Pituca, dois minutos depois.

Com um a mais e precisando desesperadamente da vitória, o Gama partiu todo para o ataque, e assustou Mauro em algumas descidas. Na bola parada e em contra-ataques, o Paraná ainda conseguiu criar oportunidades, porém os atacantes da equipe erraram muito no momento da finalização. Já nos acréscimos, os donos da casa mandaram uma bola na trave e quase viraram, e do banco de reservas os paranistas pediam o fim do jogo.

O que ninguém esperava era que Fabrício aparecesse como atacante já aos 48 minutos e fosse derrubado por Júlio César na área. O zagueiro foi para a cobrança do pênalti e marcou, consolidando o plano do Paraná em se manter na Série B. O time terá três jogos – dois deles em casa – para vencer pelo menos um e se manter da Segunda Divisão. Que venham Ponte Preta, CRB e Santo André.