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Torcida tentou contato com os jogadores o dia todo, mas ninguém conseguiu. Blindagem causou revolta na galera | Albari Rosa / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Torcida tentou contato com os jogadores o dia todo, mas ninguém conseguiu. Blindagem causou revolta na galera| Foto: Albari Rosa / Agência de Notícias Gazeta do Povo

A torcida perdeu de vez a paciência neste domingo (23) esperando ver algum jogador da seleção. Desde sexta-feira (21) em Curitiba, até agora nenhum jogador da equipe nacional teve contato com a torcida, graças à blindagem armada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a pedido do técnico Dunga.

Aglomerados no portão principal do CT do Caju, a torcida mostrou claramente o seu descontentamento neste domingo. Debaixo de uma chuva fina, as cerca de 200 pessoas chegaram até a gritar o nome da seleção da Argentina para mostrar a decepção. Entre outras coisas, a torcida também gritou "Dunga, b..., libera o portão".

Um grupo de torcedores que conseguiu ver o treino físico pelo muro do CT foi premiado com acenos de jogadores como Robinho, Elano e Nilmar. A torcida gritou o nome de alguns deles, mas também aproveitou para provocar Dunga gritando os nomes de Ganso e Ronaldinho Gaúcho, que não foram chamados, mas estão na lista suplente para o Mundial.

O vendedor ambulante Arlindo Padilha, o Didico, 49 anos, culpou o técnico Dunga pela venda fraca de cornetas no treino da seleção. "Está difícil de vender com o povo assim descontente, sem poder ver nenhum jogador", reclamava o vendedor ambulante, que há quatro copas vende bandeiras do Brasil e cornetas.

"Bom mesmo foi lá em Foz do Iguaçu em 1999, quando eu chegava a vender 100 cornetas em um único dia. Hoje não vendi nem 20... Mas também, lá o povão estava contente, vendo Roberto Carlos, Ronaldo Fenômeno, entre outros jogadores. Aqui tem que aguentar essa cara fechada do Dunga", diz o ambulante, referindo-se à Copa América de 1999, no Paraguai, quando foi para a fronteira vender seus produtos.

A redenção

Se até agora os torcedores tiveram pouco ou nenhum contato com os jogadores, na quarta-feira poderá ser diferente. No embarque para a África do Sul (com escala em Brasília) os jogadores vão usar o saguão principal do aeroporto Afonso Pena.

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