O passeio foi diferente neste domingo (23)para várias famílias curitibanas. Ao invés de irem ao shopping ou ao parque, muitos pais decidiram encarar o frio e a chuva fina que caía na tarde de domingo para tentar ver de perto algum dos jogadores da seleção brasileira, que treina desde sexta-feira (21) no Centro de Treinamentos do Atlético, no bairro Sítio Cercado.
O auxiliar de motorista Marcos Correia da Silva, 39 anos, resolveu desmarcar a pescaria que faria em Araucária para ir ao CT do Caju com a esposa Elizangêla, 32 anos, e os dois filhos, Abner e Marcos Richard, de 10 e 9 anos. "Nós todos somos atleticanos. Então para nós é um orgulho ainda maior ver a seleção treinando perto da nossa casa e no centro de treinamento do nosso time", diz Silva, morador da Vila São Carlos, no Umbará, que comprou dos camelôs bandeira e cornetas para os filhos.
Ao contrário dos domingos normais, o almoço deste domingo na casa do contador Roberto Carlos dos Santos, 43 anos, foi rápido. Ele tratou de apressar a esposa, Marlene, 43 anos, os filhos Leandro e Amanda, 12 e 8 anos, para irem logo ao CT do Caju ver a movimentação de torcedores e jornalistas. "Geralmente a gente acorda mais tarde domingo e vai almoçar fora. Mas hoje foi só um arroz com um bifinho e salada, bem rapidinho, para vir logo aqui", diz o contador.
O engenheiro agrônomo Marcelo Camargo, 39 anos, saiu de Bocaiúva do Sul, na região metropolitana de Curitiba, para ir ao CT do Caju. Depois de almoçar com a esposa, Alenise, 32 anos, e a filha Andressa, 11, a família toda foi para o centro de treinamento. "Se a seleção não estivesse aqui, a gente estaria passeando no shopping, como geralmente faz aos domingos", diz o engenheiro. Para a esposa e a filha, a visita teve um gosto ainda mais especial. "Somos atleticanas e nunca tínhamos vindo aqui", diz Alenise.
E não foi só os atleticanos que a movimentação da seleção agradou mesmo sem poder ver os craques da equipe. Pela primeira vez, o operador de máquinas e coxa branca Edson José da Conceição, 28 anos, ficou realmente feliz em ser vizinho de muro do CT rubro-negro. "Olha, eu sou Coxa. Mas para mim é melhor eles virem treinar aqui no CT do Atlético, que é do lado da minha casa, do que no nosso CT, que é longe", comparava Conceição, que, vestido com um casaco do Coritiba, carregava a filha Camila, de 7 anos, nos ombros, na tentativa de ver algum jogador.
A dona de casa Fabiane de Matos, 26 anos, não ficou braba com o marido, o vendedor Alexandre Davi Barbosa, 34 anos, por ficar com as filhas pequenas, Júlia e Ana Ruthe, 6 e 1 ano de idade, debaixo da garoa fria que caía no portão do CT. "Se a chuva ficar mais forte, a gente vai para o carro e ele fica aqui", dizia Fabiane. Sobre o motivo que o levou ao CT, debaixo de chuva, ao invés do tradicional passeio de domingo no shopping, Barbosa foi suscinto: "Além de estar mais divertido, shopping tem todo dia. Seleção brasileira na nossa cidade, não", concluiu.
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