O início das obras da Arena para a Copa do Mundo depende de uma nova data: 30 de junho. Esse é o prazo dado pelo clube às cinco construtoras (OAS, Matec, Triunfo, Carteloni e Andrade Gutierrez ) que mostraram real interesse em desenvolver o projeto de finalização do estádio. Logo em seguida, segundo o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Gláucio Geara, uma análise interna da cúpula diretiva irá definir a melhor proposta, que então precisará ser aprovada em assembleia.
"Acreditamos que isso vai ser rápido", opinou Geara. O tempo, nesse caso, é fundamental, já que a intenção do Furacão é ver os operários trabalhando na Baixada no mais tardar em agosto - com pelo menos três meses de atraso. A programação apresentada pelo engenheiro do clube, Flávio Vaz, durante visita de representantes do Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e Engenharia), prevê que esse seria o limite para que a casa rubro-negra ainda possa pleitear a participação na Copa das Confederações, evento-teste da Fifa que será realizado em 2013, um ano antes do Mundial.
A conta é simples: estima-se serem necessários 18 meses para a conclusão dos trabalhos no Joaquim Américo, mas começando em agosto a construtora vencedora da concorrência terá apenas 17 meses para entregar a praça esportiva nos padrões da Fifa. As sedes da Copa das Confederações precisam ter seus estádios prontos até dezembro de 2012.
Essa luta contra o relógio vai exigir intervenção total na edificação, impossibilitando o trabalho por setores específicos que permitiria ao time continuar jogando na Baixada durante as obras. Assim, mantido esse cronograma, o Furacão teria de mandar 13 partidas longe de seus domínios muito provavelmente na Vila Capanema. Nesse aspecto, porém, ainda há um fio de esperança. É o que sustenta Geara ao afirmar que o afastamento do caldeirão "ainda será definido pela construtora".
De olho nessa futura correria, o Rubro-Negro ficará atento ao evento da Fifa no Rio, dia 30 de julho, no qual, além de sortear os grupos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, promete anunciar as cinco cidades-sede da Copa das Confederações. Se estiver fora dessa lista, confirmando informações extraoficiais divulgadas pela Rede Globo, o Atlético terá mais tempo para trabalhar, ganhando a chance até de adiar a saída de casa.
A recente aprovação da lei que flexibiliza as licitações, ocorrida na quarta-feira (15/06) na Câmara dos Deputados, não terá reflexos no processo de contratação do Furacão. "Não nos afeta. É um estádio privado", argumentou Geara. "Mas claro que queremos que todos os órgãos públicos competentes acompanhem o andamento da obra. Será aberto", garantiu.
Colaborou: Sandro Gabardo
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