"As invasões serão resolvidas". Quem garante isso é o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Em declarações exclusivas à reportagem e a um jornal inglês, o dirigente máximo da entidade tentou tranquilizar a todos. "Eu sou um homem feliz e estou muito feliz com a Copa do Mundo", declarou.
"Não acredito que será um problema que continuará. Isso não vai acontecer de novo", disse. "Os organizadores estão lidando com isso e não será um problema", insistiu Blatter. Para ele, a Copa no Brasil tem sido "a melhor do mundo em termos de qualidade de futebol". Em dois jogos no Maracanã (Argentina x Bósnia e Espanha x Chile), duas invasões ocorreram.
O governo brasileiro vai anunciar nesta sexta-feira o reforço da segurança no Maracanã e ampliar o período em que os estádios estarão sob a proteção das forças de ordem. Na última quinta-feira, reuniões de emergência foram convocadas no Rio de Janeiro.
Nesta sexta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, viaja até a capital carioca para bater o martelo sobre o novo esquema. Depois de gastar mais de R$ 1,9 bilhão com a segurança, o governo vai elevar ainda mais o efetivo para garantir a segurança do Mundial, principalmente no Maracanã, cenário da grande final.
Por dias, Fifa e o governo trocaram acusações e a relação viveu um momento de crise. Brasília vai deixar claro nesta sexta para a entidade que não aceita ser responsabilizada sozinha pelos problemas e que já havia alertado antes de a Copa começar que a estrutura dentro dos estádios era insuficiente.
Na última quinta, a Fifa chamou a invasão de torcedores chilenos no Maracanã foi "vergonhosa" e "constrangedora", rapidamente culpou o governo brasileiro pela falta de segurança fora do estádio. O governo insiste que a responsabilidade é dos vigias contratados pela Fifa da empresa Sunset e que deveriam garantir a segurança dentro do estádio.
No dia 15, alguns argentinos conseguiram romper a segurança no Maracanã e entrar no estádio, mas o caso mais grave ocorreu na quarta. Quarenta e cinco minutos antes do início do jogo entre Espanha e Chile, entre 150 e 200 torcedores chilenos invadiram a área de imprensa, quebrando paredes e causando confusão. Parte dos invasores chegou até a arquibancada, enquanto 88 foram detidos e serão deportados.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura