O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, estipulou 18 de fevereiro como a data para definir se Curitiba receberá ou não jogos na Copa do Mundo de 2014. É o dia em que os técnicos das 32 seleções do Mundial se reunirão em Florianópolis para um congresso técnico que tem na programação uma visita aos estádios. Valcke definiu o nível de preparação atual da Arena da Baixada como "perigoso para a realização de um jogo" e ameaçou tirar a capital paranaense do Mundial.
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"O que dizer? A questão é delicada. Sejamos francos e diretos. Como devem saber, a situação atual do estádio não é do nosso agrado. Não apenas está muito atrasado, mas foge a qualquer bom cronograma de entrega da Fifa para o uso", afirmou Valcke.
"Não podemos organizar jogos sem estádio. É uma situação de emergência. Não queremos o estádio pronto em 18 de fevereiro, mas queremos ver progresso nas obras", reforçou o secretário-geral.
Nesta terça-feira, foram anunciadas algumas medidas que visam amenizar os problemas com o estádio. Daqui por diante, a obra será gerida por um comitê gestor formado por representantes do Atlético, da prefeitura e do governo do estado. Uma espécie de intervenção para acelerar o ritmo dos trabalhos na Arena da Baixada.
"Governo e prefeitura não estavam na mesa, não estavam participando diretamente das decisões práticas [relativas ao estádio]. Agora vamos estar presentes com uma assessoria técnica", disse o coordenador geral de assuntos da Copa no governo do estado, Mario Celso Cunha.
Além disso, o número de operários que trabalham na Arena vai aumentar entre 50% e 70%. Atualmente, são 1084 trabalhadores no local. Em alguns setores, vai se tentar implantar um terceiro turno de trabalho.
Outra determinação é a garantia de fluxo financeiro para a finalização do estádio. Uma auditoria vai auxiliar na definição de um orçamento final, o valor que precisa ser investido para que a Arena fique pronta a tempo. Nesta terça, a Fomento Paraná, autarquia do governo estadual, liberou um empréstimo de R$ 39 milhões que estava retido.
"A situação é grave e requer atenção de todos os envolvidos", cobrou o secretário executivo do Ministério do Esporte, Luís Fernandes.
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