Em entrevista à rádio CBN na tarde desta quarta-feira (21), o secretário estadual da Copa do Mundo, Mario Celso Cunha (PSB), negou ter pregado um calote e, sim, ter levantado uma possibilidade de anistia dos pagamentos do empréstimo para conclusão da Arena. O vídeo com as declarações dadas pelo secretário sugerindo que o Atlético não precisaria pagar o BNDESem 2010 foi publicado na edição de domingo (18) da Gazeta do Povo.

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"Eu não preguei calote. A manchete foi caluniosa, mas a notícia é verdadeira. Nunca escondi isso", afirmou Cunha.

O secretário disse que não estava na posição de secretário naquela época (assumiu o cargo em 2011), mas de conselheiro do clube. Em 2010, Cunha era presidente da Comissão da Copa da Câmara de Vereadores. "Nunca imaginei que seria secretário. Era vereador e conselheiro do clube. A reunião estava fechada com 200 conselheiros e não disse nada além do que os outros estavam dizendo", justificou.

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Ele deu como exemplos algumas anistias que aconteceram no Brasil e no exterior para justificar a fala. "O ex-presidente Lula anistiou R$ 1 bilhão de países como Nigéria, Moçambique e Cabo Verde. Em Americana, a prefeitura anistiou dívidas do clube. Em Portugal, a Federação assumiu as dívidas dos clubes. Eu aventei a possibilidade de anistia, mas acho que hoje é pouco provável", afirmou.

O secretário tentou diferenciar os tipos de não pagamento dentro de uma hipótese de anistia das dívidas: "Se tiver anistia, a gente não paga. Se não tiver, tudo será pago. Calote é diferente de anistia".