O presidente do Uruguai, José Mujica, desejou nesta sexta-feira (11) toda a sorte à Argentina na final da Copa do Mundo que disputará contra a Alemanha no próximo domingo, e afirmou que torcerá por seus vizinhos apesar das crescentes disputas bilaterais existentes entre os países.
Mujica se expressou assim em seu habitual discurso radiofônico na emissora "M24", no qual não pôde "deixar de se confessar como torcedor de futebol" que "desejava a melhor sorte aos argentinos", apesar da certeza que esse sentimento não é partilhado por muitos de seus compatriotas.
"O futebol é uma festa, não uma guerra. Sei que há muitos uruguaios nervosos pelas questões de portos, pelas confusões, pela fábrica de celulose, por tudo. Eu entendo esses uruguaios, mas há coisas mais profundas", declarou.
Mujica ressaltou que, apesar dos conflitos bilaterais, exacerbados nas últimas semanas pela autorização que seu governo deu à fábrica de celulose UPM para aumentar sua produção, ato considerado "hostil" no país vizinho e que anunciou possíveis represálias pelo mesmo, a Argentina faz parte da "querida América".
"Não confundam o porto de Buenos Aires, seu natural egoísmo que muitas vezes também sufocou províncias argentinas, com a Argentina. A Argentina é muito maior que o porto de Buenos Aires", acrescentou.
Além disso, o presidente uruguaio destacou que a Argentina é um país que recebeu "milhares de imigrantes orientais e os integrou em seu ser", sem nenhum tipo de discriminação, e que por esse tipo de motivos é importante apoiar sua seleção.
Segundo dados divulgados pela presidência uruguaia, no país vizinho vivem mais de 200 mil uruguaios, mas alguns analistas consideram que esse número pode ser muito maior.
Apesar dos desejos de seu presidente, nas ruas de Montevidéu poucos são os torcedores uruguaios que apoiam abertamente à Argentina na final da Copa.
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