Na terra do "Messias", até a Catedral de Nossa Senhora do Rosário tem bandeiras da Argentina no altar. Na manhã de domingo (13), horas antes da final da Copa, a fé na conquista do terceiro título mundial se encontra desde a igreja até nos jornais."Pelo sonho de todos", "Pela glória", Só peço a Deus", estampam em suas capas os jornais argentinos.
No "Olé", o maior diário esportivo do país, o Cristo Redentor está na capa, junto a Messi, e na logo do jornal com o seguinte balão atribuído ao monumento carioca: "Se ganhamos ressuscito de novo".Conhecido provocador, o "Olé" ainda pergunta em sua primeira página: "Alguém mais quer golear o Brasil?", referindo-se à derrota de sábado, por 3 a 0, contra a Holanda.
Nas páginas internas, o diário esportivo tem 26 de suas 48 páginas dedicadas à cobertura da decisão contra a Alemanha.Nas TVs argentinas, se vê muitos apresentadores com camisas da seleção e a edição de vídeos juntando todo tipo de versão do hit "Brasil, decime qué se siente...".
Já nas ruas de Rosário, cidade onde nasceu e cresceu Lionel Messi, 27, a manhã de sol animou os moradores a passear e praticar esportes às margens do Rio Paraná.O gelado inverno argentino deu trégua aos torcedores e a temperatura deve chegar a 19º C por volta das 16h.
A torcida, porém, não vai às ruas para assistir a Messi, Di María e outros filhos da capital da província de Santa Fé neste domingo (13). A Prefeitura de Rosário não instalou telões na cidade e os torcedores vão se reunir em bares, restaurantes ou nas próprias casas para assistir à final.
Após a partida, em caso de título, são esperadas mais de 50 mil pessoas no Monumento à Bandeira, centro das comemorações na cidade de aproximadamente 1 milhão de habitantes. A maior parte das principais avenidas da cidade, na margem do rio e em torno do monumento, está fechada para o tráfego de carros.
Rosário é considerada berço do que poderia se chamar de "argentinismo". Isso porque, em 1812, a bandeira nacional foi içada pela primeira vez na cidade. Assim é comum ver bandeiras em praticamente todas as ruas, sacadas e prédios. Ainda mais quando a Argentina volta a uma final de Copa do Mundo depois de 24 anos.
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