O temor de brigas entre torcedores brasileiros e argentinos vai fazer com que a Polícia Militar mais do que dobre a presença de homens do Batalhão de Choque, nesta quarta-feira (9), no Itaquerão, em São Paulo, para o jogo entre Argentina e Holanda, pela semifinal da Copa do Mundo.
Segundo o coronel Benedito Roberto Meira, comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, 200 homens do batalhão estarão nos túneis da arena. Nos últimos jogos, foram 80 policiais. "Considerando que hoje é um jogo importante para a Argentina, e também levando em consideração o resultado do jogo de ontem da nossa equipe (derrota por 7 a 1 para a Alemanha), vamos adotar uma estratégia diferente", disse Meira, durante uma coletiva após o desfile de 9 de Julho na Academia de Polícia Militar do Barro Branco.
"Também temos outra tropa de 300 policiais militares que vão ficar do lado de fora do estádio", afirmou. O coronel disse que a Polícia Militar não irá aguardar pedidos formais da Fifa para tomar para atuar na arena. "Nós entendemos que se houver uma iminência de quebra da ordem pública, a PM não pode se omitir e sim agir. Estou no meu País e qualquer quebra da ordem, onde for, o local que for, a polícia tem que entrar, vai entrar e tem que intervir", disse o coronel.
Meira afirmou que durante a Copa do Mundo conversou com comandantes-gerais de outros Estados que receberam jogos da Argentina. Além disso, segundo ele, a PM também adotou a precaução após torcedores argentinos quebrarem assentos do Itaquerão durante a partida das oitavas de final contra a Suíça, no último dia 1º.
O coronel também disse que a irá "dedicar uma atenção especial" aos argentinos que pretendem permanecer em São Paulo caso a Argentina vença o jogo desta quarta. "Tínhamos informações da própria polícia Argentina sobre torcedores que pretendiam vir para o nosso País e praticar vandalismo."
Rivalidade
A rivalidade com o futebol argentino e o vexame de terça foram os principais motivos para o reforço na segurança em Itaquera. "Nós, como brasileiros, sabemos o quanto temos o 'apreço' pelos argentinos falando de futebol, então, é algo que temos que levar em consideração. E em um momento como esse, após sofrer um vexame em pleno Mineirão, é um momento muito propício para os argentinos nos provocarem", explicou o coronel Meira. Além da reação dos torcedores da Argentina, o comandante também espera que brasileiros respondam as provocações de forma agressiva.
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