O técnico da seleção mexicana, Miguel Herrera, minimizou as críticas à torcida do país, que provoca os goleiros adversários com gritos homofóbicos.
Na primeira partida do México na Copa, contra Camarões, quase todos os tiros de meta cobrados pelo goleiro africano eram acompanhados do coro "oooooo, boludo!" por parte dos mexicanos (a palavra "boludo" é usada no país para ofender homossexuais).
A postura dos torcedores levou a Fifa a abrir uma investigação, que pode resultar até em punição para a Federação Mexicana de Futebol.
Para o treinador da seleção, os gritos não são tão graves nem exclusividade da torcida do México. "Não me parece grave. A cada expulsão ou marcação equivocada, o árbitro escuta de tudo, uma série de xingamentos. Se formos levar para esse lado, todas as equipes teriam que ser multadas sempre", avalia o técnico.
Miguel Herrera ainda ironizou a iniciativa da Fifa em abrir um inquérito para investigar os gritos da torcida. O treinador também lembrou que chamar o goleiro adversário de "puto" é uma prática antiga nos estádios do país. "Temos coisas mais importantes a fazer que pensar em gritos de pressão sobre goleiros, usados há muito tempo pelos torcedores no México. Sobre esse assunto, nem tenho o que dizer. Só tenho pensado em trabalhar e fazer a equipe vencer a próxima partida".
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