A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) espera, nos próximos 60 dias, materializar os resultados do legado da Copa do Mundo em Curitiba.
Durante o balanço do trabalho do Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR), coordenado pela pasta, o secretário da Segurança Leon Grupenmacher afirmou que as polícias, o Instituto Médico Legal (IML) e peritos do Instituto de Criminalística conseguiram chegar aos locais onde ocorrem homicídios em uma hora e meia. Atualmente, todo trabalho nestes locais demora em torno de quatro horas, segundo o secretário.
A melhora desse trabalho de investigação se deve, de acordo com Grupenmacher, ao investimento feito na Segurança Pública para Copa do Mundo. Segundo ele, a criação do CICCR e a aquisição de um software que integra todos os sistemas de segurança em Curitiba pouparão tempo. "Não haverá mais desculpas", afirmou o secretário.
De acordo com ele, o CICCR será mantido e todas as instituições policiais trabalharão ali. Quando um homicídio ocorre, o primeiro a chegar é o policial militar que precisa alertar as outras instituições. O PM não precisará mais avisar o Samu, a Polícia Civil e os peritos, como ocorre hoje. Todos saberão do crime ao mesmo tempo.
Balanço
Durante a Copa do Mundo na cidade foram registradas 110 ocorrências envolvendo torcedores brasileiros ou estrangeiros. A maior parte dos casos foi relacionada a uso ou posse de entorpecentes. Houve registro de três casos de venda ilegal de ingressos. Na Fan Fest, 172 pessoas foram atendidas pelos socorristas. Além disso, outras 21 pessoas foram autuadas pela polícia por posse ou uso de drogas.
"Não houve nenhum momento de crise durante a Copa", afirmou o coordenador do CICCR, delegado da Polícia Federal, Flúvio Oliveira Garcia. Nos jogos em Curitiba, o Centro registrou oito casos de agressão. O primeiro ocorreu na partida entre Austrália e Espanha. Os outros todos aconteceram na partida decisiva entre Argélia e Rússia.
Homicídios
Entre maio e junho deste ano, houve uma queda de 27% no número de homicídios em Curitiba. De acordo com a Sesp, o mês que antecedeu a Copa registrou 55 assassinatos na capital. Em junho, ocorreram 40. Comparado com junho de 2013 houve aumento de 25%. O subcomandante da PM, coronel Péricles de Matos, aponta que o número de furtos e roubos na cidade caiu 12% em junho.
Apesar da afirmação, os números absolutos não foram divulgados por ele.
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