Ganhar tempo. Essa será a primeira estratégia do Coritiba no julgamento desta terça-feira, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), pelos episódios de violência após a partida contra o Fluminense. Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, a comissão de advogados montada pelo clube para a defesa no Rio de Janeiro anunciou que pedirá o adiamento do julgamento.

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A alegação da junta alviverde será a necessidade de mais tempo para conclusão do inquérito policial e a inclusão dessa documentação entre as provas. Por trás desse pedido, está a intenção de tirar um pouco o assunto da mídia e do calor da pressão da opinião pública.

"O Coritiba se tornou alvo de linchamento público. No decorrer da semana, foi condenado pela mídia nacional", afirmou o advogado do clube, Gustavo Nadalin.

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Caso falhe a tentativa de adiar o julgamento, o Coxa seguirá duas linhas para a sua defesa. A primeira, é de comparar o ato de alguns torcedores a um crime passional. Por essa tese, a frustração pelo rebaixamento do clube teria levado essas pessoas a atacar aquilo que dizem amar.

Outra estratégia será a de demonstrar que o clube tomou todas as providências possíveis para garantir a segurança na partida. Para isso, será exibido o ofício entregue pelo presidente Jair Cirino à Secretaria de Segurança Pública (Sesp), três dias antes do jogo, revelando que integrantes da Império Alviverde haviam ameaçado ele e o patrimônio do clube em caso de rebaixamento.

Também será exibido o relatório de segurança da partida, para a qual o clube contratou 278 agentes particulares, como forma de reprimir qualquer tentativa de invasão. Os advogados mostrarão um comparativo com outras grandes partidas da temporada. No jogo com o Internacional, em maio, pela Copa do Brasil, foram 153 seguranças. No Atletiba de outubro, pelo Brasileiro, eram 182.

"Parafraseando Gabriel Garcia Marquez, foi a crônica da violência anunciada", definiu Renê Dotti, que irá encabeçar a junta de advogados coxas-brancas.

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