O momento ruim do Paraná na Série B coincide com a falta de criatividade no ataque. Nos últimos seis jogos, a equipe fez apenas cinco pontos e cinco gols. Desses, quatro foram originários em jogadas de bola parada, responsáveis por 33% dos gols marcados pelo Tricolor em toda a competição (oito de 24).
Nos treinos na Vila Capanema, o técnico Roberto Fonseca sempre insiste bastante na repetição de cobranças ensaiadas de falta e escanteio. O time, porém, acabou ficando dependente dessa tática. Nas últimas seis rodadas da competição, o único gol com bola rolando foi de Giancarlo, no empate por 1 a 1 com o Guarani (16/08).
Nas outras partidas, o cenário se repetiu. No empate por 1 a 1 com o São Caetano (30/07) e na derrota por 2 a 1 para o Sport (20/08), Borebi e Everton Garroni, respectivamente, marcaram após cobrança de escanteio. Na vitória por 1 a 0 sobre o ABC (13/08), foi a vez de Brinner cabecear para o gol depois de falta levantada na área. Na derrota por 3 a 1 para o Grêmio Barueri (05/08), Zé Carlos converteu uma cobrança de pênalti. A série de maus resultados do Tricolor se iniciou com a derrota por 1 a 0 para a Ponte Preta (26/07).
O Paraná segue na quarta posição graças ao bom rendimento nos 13 primeiros duelos da Série B, em que mantinha uma média de 1,46 gol a cada vez que entrava em campo.
Em meio a falta de gols, o atacante Giancarlo ressalta que a vem tendo poucas oportunidades durante os jogos."O professor [Fonseca] cobra muito do Lima e do Lisa, porque não adianta ter um jogador de 1,90 m na área e a bola não chegar", afirma o artilheiro do time na competição, com quatro gols, citando os laterais titulares.
"Às vezes temos pecado um pouco nisso. Na hora em que for à linha de fundo tem de jogar a bola na área, mas estamos trabalhando e vamos ver se contra o Bragantino [no próximo sábado] acertamos".
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