A Ferrari, equipe mais tradicional da Fórmula 1, voltou a falar em deixar a categoria. O presidente da escuderia, Luca di Montezemolo, afirmou que o campeonato precisa passar por mudanças nos próximos três anos sob o risco de perder em breve a sua principal participante.
"Eu quero que a Fórmula 1 melhore entre agora e 2012, quando vamos assinar o novo Pacto de Concórdia (conjunto de regras que rege o campeonato). Se não mudar, vamos procurar motivação em outro lugar", avisou o presidente da Ferrari. A maior crítica dele à categoria é a falta de contato entre o público e os pilotos.
"Eu estive nas 24 Horas de Le Mans e fiquei impressionado. Não dá para aceitarmos essa distância entre os pilotos e os torcedores na Fórmula 1. Antigamente, os boxes eram cheios de gente e com mulheres bonitas. Hoje em dia mais parecem um campo de concentração. É preciso mudar isso", afirmou o dirigente.
Apesar das críticas, Montezemolo mostrou-se otimista quanto ao futuro da categoria. "A FIA agora está aberta a uma nova era, com ideias novas. Jean Todt (novo presidente da entidade) é uma boa pessoa e conhece a Fórmula 1. Acho que a intenção dele é criar um diálogo e uma atmosfera diferente", concluiu.
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