Depois dos problemas para os torcedores que foram no domingo à Arena Pernambuco para o jogo entre Espanha e Uruguai, a Fifa prometeu reforçar a operação de chegada ao estádio a partir de quarta-feira, quando Itália e Japão se enfrentam às 19h no mesmo local, pela segunda rodada da Copa das Confederações. Além de ônibus e metrô lotados, um dos portões, que deveria ter sido aberto às 15h, ficou trancado até uma hora depois porque os funcionários não tinham a chave do cadeado.

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"Foi um problema técnico que não vai mais acontecer, um problema de desencontro de chaves que causou esse pequeno atraso, mas todo mundo entrou a tempo", disse o diretor de comunicação do Comitê Organizador Local (COL), Saint-Clair Milesi. "Temos de lembrar sempre que foi a primeira grande operação num estádio 100% novo, então pequenos ajustes sempre vão acontecer".

O transporte até o estádio, que fica a 19 km de Recife, foi o principal problema. Ônibus, estações e vagões do metrô lotados, e alguns trens chegaram a ficar parados, por diversas vezes, entre as estações, devido ao alto fluxo de pessoas. O diretor do COL admitiu que a chegada ao estádio pelo transporte público foi um "desafio".

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"Já conversamos com o pessoal de Pernambuco. O sistema de chegada ao estádio é completamente novo, pela localização do estádio chegar até lá de metrô realmente foi um desafio, mas funcionou. Pelo feedback que tivemos hoje haverá um reforço na operação de chegada do transporte a partir de quarta-feira", afirmou Milesi.

O porta-voz da Fifa, Pekka Odriozola, minimizou os problemas com bares em Brasília - um deles chegou a ser fechado durante o jogo do Brasil contra o Japão. "O único relatório que recebemos foi de cachorro-quente que acabou num só lugar e o problema foi resolvido em meia hora. Podemos discutir essa questão depois, foi um primeiro evento num novo estádio, mas em nenhum momento acabou a comida em Brasília. Houve comida e os problemas foram resolvidos durante a partida."

A exemplo de semana passada, após os protestos de quinta-feira em São Paulo e Rio, o porta-voz da Fifa evitou opinar sobre as manifestações do fim de semana nos arredores do Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha) e do Maracanã. "Nossa posição permanece a mesma. Respeitamos os direitos das pessoas à liberdade de expressão e estamos em contato com as autoridades", disse Odriozola.

"As autoridades locais são responsáveis pelas questões de segurança fora do estádio. Continuamos a ter confiança total nelas, não tivemos nenhum relatório sobre os protestos terem afetado os torcedores dentro do estádio, na entrada ou saída", afirmou o porta-voz da Fifa. No entanto, torcedores que chegavam à estação de metrô onde manifestantes foram atacados no domingo pela Polícia Militar (PM) também foram atingidos pelas bombas de gás lacrimogêneo. Muitos chegaram ao estádio ainda com os olhos muito irritados.

Depois dos constantes pedidos da Fifa para que os torcedores retirassem seus ingressos e não deixassem para a última hora, Odriozola afirmou ter ficado satisfeito com o resultado. "No fim tudo funcionou muito bem porque todos chegaram ao estádio na hora. Alguns torcedores deixaram para o último momento, mas conseguiram coletar os ingressos com tempo suficiente. Para os próximos dias, ainda há ingressos a ser coletados, então continuamos incentivando os torcedores a buscá-los logo".

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