A Honda pode ter companhia caso a série de medidas de corte de custos impostas pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) não surtam efeito no balanço financeiros das equipes. Os chefões não admitem, mas uma série de fatores tem mostrado que Williams e Renault estariam balançando com a crise financeira que abalou o mundo inteiro, especialmente as montadoras de automóveis.
Segundo a imprensa espanhola, a Renault poderia deixar Fernando Alonso e Nelsinho Piquet a pé em 2010. Ao se limitar a dizer que a equipe "teria todo o apoio do Grupo Renault durante este ano", o presidente da escuderia, Bernard Rey, deixou um ponto de interrogação no ar: e 2010? Como outras montadoras, a Renault também teve suas vendas reduzidas pela crise e na última quinta-feira a equipe anunciou o corte de 100 trabalhadores da fábrica de Enstone, na Inglaterra. Para os espanhóis, a saída da equipe agilizaria ainda mais a ida de Fernando Alonso para a Ferrari, mas aí, já é um outro capítulo.
Outra que também tem se equilibrado na corda bamba orçamentária é a Williams. Citada logo após a saída da Honda como a próxima a deixar o grid, a equipe inglesa, que não tem o apoio de nenhuma montadora, voltou a ficar na berlinda. E a informação não tem nada de rumor. Ao diário inglês "Financial Times", o diretor executivo da Williams, Adam Parr, disse que a escuderia chegou ao limite da sua habilidade em captar dinheiro.
"Acho que seria justo dizer que chegamos a um ponto onde um novo empréstimo não seria aceito pelo grupo".
Os problemas da equipe foram confirmados pelo chefão e fundador do grupo, Frank Williams. Segundo ele, a escuderia está sobre "pressão financeira" e os cortes de custos impostos pela FIA teriam sido crucial para sua permanência. Na mesma publicação, o chefão da F-1, Bernie Ecclestone, ainda confirmou o adiantamento de mais de R$45milhões à Williams que a equipe tinha direito de um aumento de receita da categoria com acordos comerciais.
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