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A vida de Sebastien Vettel não tem sido tão fácil neste meio de temporada. Desde a sétima etapa, no mês passado, em Montreal, o piloto da Red Bull venceu "apenas" uma corrida, e as outras três foram vencidas pelos rivais de Ferrari (Fernando Alonso na Inglaterra) e McLaren (Jenson Button no Canadá e Lewis Hamilton on­­tem na Alemanha).

Em termos de campeonato, no entanto, nem mesmo o quarto lugar em Nurburgring abala o grande favoritismo do jovem alemão. Sua vantagem para o segundo colocado no campeonato, de 77 pontos (uma vitória vale 25), ainda é bastante confortável. E o vice-líder é justamente Mark Webber, seu companheiro de equipe e que ainda não venceu nenhuma prova neste ano.

Até nisso o ano de Vettel tem sido praticamente impecável: afinal, seus rivais diretos estão dividindo as vitórias quando ele tem problemas –e, assim, sua distância no campeonato não cai de forma vertiginosa. Portanto, antes de se empolgar com um resultado de Vettel diferente de primeiro ou segundo lugar (algo inédito neste ano), é importante o fã de F-1 manter em mente aquilo que já escrevi nesta coluna há alguns GPs: a graça da temporada 2011 é ver que cada corrida segue com disputa interessante e imprevisível, mas, em termos de campeonato, o piloto da Red Bull segue favorito.

O GP da Alemanha foi um bom exemplo de que não é preciso ter uma disputa acirrada por pontos na tabela de classificação para garantir uma corrida bem divertida de se assistir: a disputa pela liderança entre Webber, Alonso e Hamilton foi intensa em toda prova, na pista e na estratégia de parada para troca de pneus – que inclusive deixou a corrida sem definição até poucas voltas do fim.

Desta vez, Lewis Hamilton conseguiu controlar seu conhecido estilo agressivo, com uma tocada ousada e uma estratégia perfeita, conquistando assim sua primeira vitória em 2011. Vettel teve problemas de freios durante a corrida e Webber mais uma vez não conseguiu tirar proveito da pole no início da prova, mas, independentemente disso, é nítido que McLaren e Ferrari estão mais próximas da Red Bull.

O que significa uma oportunidade de ouro para Hamilton voltar a mostrar porque é um dos grandes talentos desta nova geração, como mostrou com a brilhante vitória na Alemanha. E, com isso, apagar a fama de "encrenqueiro" que já estava começando a ficar impregnada em seu perfil depois de tantos acidentes em 2011.

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