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Bruno Senna, sobrinho do tricampeão mundial Ayrton Senna, disse que não tem ídolos no automobilismo. Nem mesmo seu tio. Em entrevista à revista "Veja", o brasileiro, que estreará na Fórmula 1 em 2010 pela Campos, afirmou que ele não quer ser igual ao tricampeão da Fórmula 1, mas o tem como referência para sua carreira.

"Vai parecer clichê, mas eu não tenho ídolos. O Ayrton é apenas uma referência. Idealizar alguém é uma péssima forma de iniciar uma carreira. Ao idealizar, você quer ser igual a essa outra pessoa. Meu objetivo não é esse", disse Bruno.

Em seu computador pessoal, Bruno Senna guarda todas as corridas do tio desde a temporada de 1989, quando Ayrton foi vice-campeão após ser desclassificado no GP do Japão, em Suzuka. Ele considera o GP do Brasil de 1991, quando o tio tinha problemas de câmbio, sua vitória mais genial.

"Tenho todas as corridas dele gravadas, desde 1989, no meu computador. A corrida de 1991, aqui no Brasil, quando o Ayrton ganhou com apenas três marchas no carro: a segunda, a terceira e a sexta. Incrível. Foi a primeira vitória dele no Brasil. Ele tinha perdido em 1990 por causa de uma batida no Nakajima, que não foi exatamente a ultrapassagem mais inteligente que já vi... Mas, naquele ano, ele estava supermotivado. No grid, antes da largada, ouviu a torcida gritar "Olê, olê, olê, olá... Senna, Senna...". Ele teve de ir para os boxes para enxugar as lágrimas. Retribuiu o carinho do público com uma vitória. Aquela corrida em Donington Park, na Inglaterra, em 1993, quando ele ultrapassou todo mundo na chuva também é muito legal".

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