Quatro anos após encerrar a carreira nos gramados, o ex-lateral-direito Alberto Valentim terá o seu principal teste como auxiliar técnico do Atlético. No hiato entre a saída de Ricardo Drubscky e a contratação de Vagner Mancini, caberá a ele comandar o Furacão do banco de reservas no domingo, às 16 horas, contra o Coritiba, no Couto Pereira. Apostando na conversa para corrigir os erros da equipe, seu papel é tentar suavizar o início de trabalho do novo treinador.
Após três passagens como atleta, Alberto, de 38 anos, retornou ao CT do Caju no ano passado como assessor da presidência. Não demorou, entretanto, a deixar o cargo administrativo com destino ao campo. Durante a última Série B, chegou a dirigir a equipe do gramado por quatro partidas por causa de suspensão de Drubscky.
Como o auxiliar tem bom relacionamento com o elenco e conhecimento do dia a dia de treinamentos, o clube nem cogitou recorrer ao veterano Antônio Lopes atual diretor de futebol ou ao técnico do sub-23, Arthur Bernardes, para assumir a bronca no Atletiba.
Com muita orientação e participação ativa no jogo, tentará tirar o Atlético da zona de rebaixamento é o vice-lanterna com apenas seis pontos. "Eu vivo muito a partida. Talvez as pessoas já tenham notado isso quando eu fui auxiliar do Ricardo. Procuro passar a leitura que faço para ajudar. Sem procurar exagerar, para deixar os atletas jogarem tranquilamente", disse Alberto, em entrevista ao site oficial atleticano. "Ele conversou bastante conosco para tentar acertar os erros. No clássico não pode ter erro e não vai ter", reforçou o volante João Paulo.
Entre a aposentadoria e o início da trajetória fora dos gramados, Alberto fez estágios em diversos clubes do Brasil acompanhou o próprio Mancini no Guarani em 2010 e também na Itália, em equipes como Juventus, Torino, Udinese e Siena.
Contemporâneo do lateral na Baixada, em 1999, o volante Cocito diz acreditar que o colega está preparado para o desafio. "Sempre teve liderança e soube se expressar bem. E é inteligente até mesmo no aspecto intelectual. Era aguerrido como jogador e não queria perder nunca", elogiou.
Para o técnico Geninho, que treinou Alberto já em fim de carreira, em 2008, a identificação com o Rubro-Negro também pode ajudar no domingo. "Ele tem carisma, os torcedores gostam dele. E ele tem bem a noção do que representa o clássico para a torcida", afirmou o treinador, campeão brasileiro pelo Rubro-Negro em 2001.
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