| Foto: Hugo Harada / Gazeta do Povo

A estremecida relação entre a Lanik I S.A. e o Atlético azedou de vez nesta terça-feira (18) e a empresa garantiu seguir na obra somente até o dia 5 de dezembro. Depois, ameaça interromper o serviço, comprometendo o andamento da instalação do teto retrátil da Arena, previsto para ficar pronto apenas em março.

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A medida foi tomada após o diretor-executivo da empresa, César França, que desembarcou nesta terça-feira em Curitiba vindo do Canadá, ter dado com a cara na porta. A viagem foi marcada exclusivamente para uma reunião com o presidente Mario Celso Petraglia. Mas, ao chegar à Baixada, soube que o mandatário rubro-negro havia viajado para o Rio de Janeiro.

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"Foi o Mario que me ligou e marcou essa reunião. Vim do Canadá apenas para esse encontro e ninguém me recebeu. Ficarei menos de 12 horas no Brasil. Foi uma falta de conduta incrível, que extrapola a relação corporativa e atinge a ética. Sem palavras a falta de respeito e o comprometimento do Atlético", lamentou.

"Informei o conselho da empresa e eles determinaram que em 5 de dezembro, como estabelece o contrato, o nosso pessoal volte para a Espanha. A partir de agora, é curto é grosso. Ou paga os 94 mil euros, ou não voltamos mais", decretou França.

O valor foi depositado em juízo pelo Atlético em ação movida contra a empresa. A novela começou após o clube contestar o valor de 400 mil euros, atualizado pela Lanik para toda a operação de instalação da "tampa".

O valor original era de 94 mil euros, mas, conforme a empresa, esse montante foi orçado antes da Copa do Mundo e com previsão de instalação do teto por dentro do estádio, quando ele ainda estava em obras. "Agora vamos chamar um advogado também para discutir a situação. Não tenho esperança em um acordo. A relação com o Atlético só piora. Não imagino quando a obra ficará pronta", disse França.

A Gazeta do Povo procurou o advogado do clube, Luiz Fernando Pereira, mas ele não atendeu às ligações.

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Segundo o diretor da Lanik, a proposta que seria apresentada nesta terça incluía o aumento no efetivo de funcionários para agilizar a obra e atender especialmente uma fase importante do projeto: a parte mecânica, instalação elétrica e automação do teto.

"O Atlético quer fazer do jeito deles e não tem a menor ideia de como funciona. Precisa de treinamento, acompanhamento", comentou. Ele alegou ainda falta de segurança em alguns procedimentos, que teria acarretado, inclusive, o retorno de um dos engenheiros da empresa para a Espanha.