O técnico Sérgio Vieira será o substituto de Milton Mendes no comando do Atlético na capital federal.| Foto: Reprodução/Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

O duelo contra o inexpressivo Brasília, nesta quarta-feira (30), às 22 horas, no Mané Garrincha, ganhou caráter decisivo para o futuro do Atlético em 2015. Tanto na esfera esportiva, como na política.

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Diante da turbulência trazida pela série de seis partidas sem vencer na Série A, a queda do treinador Milton Mendes e a forte cobrança da torcida sobre algumas das peças do elenco, o vexame de um revés do Furacão contra a equipe candanga agravaria ainda mais a crise.

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Além disso, como a conquista do torneio continental neste ano foi tratada como prioridade pela diretoria comandada pelo presidente Mario Celso Petraglia, um revés precoce na capital federal poderá ainda respingar no bate-chapa do processo eleitoral do clube, em dezembro. “É obrigação do Atlético passar de fase e chegar às finais”, crava um dos principais articuladores da oposição, Henrique Gaede.

“O torcedor conta com a Sul-Americana em 2015, portanto seria uma vergonha muito grande não passar pelo Brasília, pela diferença de estrutura que há entre os clubes. Além disso, é a chance que o time tem para reagir e mostrar que ainda tem lenha para queimar no Brasileirão. A torcida espera mais do que a mera luta contra o rebaixamento”, prossegue o oposicionista.

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Este é o cenário de pressão a ser encarado pelo inexperiente técnico português Sérgio Vieira, que assumiu interinamente o comando do time após a queda de Mendes. Como venceu por 1 a 0 o confronto de ida, na Baixada, o Furacão precisa somente de um empate para garantir passagem para as quartas de final. Vitória adversária por 1 a 0 leva a decisão para os pênaltis.

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Vantagem que não impede o estreante Vieira de prometer uma postura ousada do Furacão. “Vamos para cima do adversário, sabendo que somos um grande clube”, prega o treinador, em entrevista ao site oficial. “Temos de ser inteligentes porque vale vaga na próxima fase. Temos de nos comportar com inteligência e capacidade individual e coletiva”, complementa Vieira, que deverá promover uma única mudança no time. A tendência é de que o colombiano Hernández retorne ao time na vaga do garoto Bruno Mota. Os atacantes Walter e Nikão, lesionados, seguem fora.

Já o técnico do Brasília, Omar Feitosa, admite o favoritismo do Atlético, mas prefere relativizar a pressão vivida pelo adversário. “A demissão do treinador dá fôlego para o clube tomar decisões e mobiliza os atletas em torno da causa da classificação. Não deveria ser assim, mas infelizmente essa é a cultura do nosso futebol”, analisa Feitosa. “O que nos mobiliza é a recompensa de entrar para a história do futebol candango”, enfatiza. O vencedor do duelo encara o Sportivo Luqueño, do Paraguai, que eliminou o colombiano Tolima.

 
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