Vila adeus?
O duelo contra o Grêmio pode ser o último do Atlético em Curitiba na temporada se o time não chegar à final da Copa do Brasil. Punido com a perda de três mandos de campo no Brasileiro pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por causa dos incidentes nas partidas contra Coritiba e Vitória, o time corre o risco de nova penalização por causa da pedra arremessada no gramado do Serra Dourada na derrota para o Goiás teria de abrir mão do último jogo em Curitiba pelo Nacional, com o Vasco. O clube vai recorrer. Enquanto isso, a torcida promete superar o recorde de 14.636 mil pagantes do último Atletiba para empurrar o Furacão na Copa do Brasil.
O Atlético reforça a disputa por um lugar na próxima Libertadores a partir de hoje, às 21h50, na Vila Capanema. O primeiro confronto semifinal da Copa do Brasil, contra o Grêmio, abre para valer outra frente para o Furacão sonhar com a vaga diante do adversário direto, que já disputa cabeça a cabeça a classificação à competição continental via Brasileiro.
Duelo: a comparação entre os veteranos Paulo Baier e Elano
A permanência no torneio de mata-mata, porém, tem mais peso do que a briga nos pontos corridos. Enquanto o campeão da Copa do Brasil garante um posto na fase de grupos do principal campeonato sul-americano, o quarto colocado no Nacional não tem nem certeza de participação.
Caso São Paulo ou Ponte Preta vençam a Sul-Americana, o G4 vira G3. Além disso, em qualquer um dos cenários, o terceiro colocado ainda precisará passar pela fase eliminatória do torneio. Faltando sete rodadas, o Rubro-Negro é o quarto, com 52 pontos, um a menos do que o Tricolor gaúcho, que está imediatamente acima na tabela.
Por todos esses motivos, os primeiros 90 minutos disputados em Curitiba ganharam atenção especial no CT do Caju. Com apenas um dia disponível para treinamento, o técnico Vagner Mancini trabalha continuamente o psicológico dos atletas para a decisão no Durival Britto. A volta está marcada para o dia 6 de novembro, em Porto Alegre.
"Tudo o que foi feito até agora talvez não seja suficiente para que a gente chegue à final", discursa o treinador, em entrevista ao site oficial do clube. "Temos de redobrar a atenção, estar mais concentrados, mais comprometidos em termos táticos. E também devemos ser um pouco mais ousados, termos um pouco mais de coragem para que possamos marcar a história", emenda Mancini, que usou do mesmo artifício de motivação para levar o modesto Paulista de Jundiaí ao título, em 2005.
Para dar um grande passo em direção à final, o Furacão precisa fazer o placar em casa. Encurralar o Grêmio no campo de defesa, anotar e não sofrer gols ecoa como uma espécie de mantra no vestiário atleticano.
Com possivelmente o maior público em 2013, o objetivo é não deixar os gaúchos respirarem. "Eles não terão o ataque titular [Vargas, Barcos e Kléber estão suspensos], então é possível que adotem uma maneira de jogar diferente, mais recuada, tentando jogar no nosso erro. Qualquer bola parada é um lance possível de gol. Cada lance é decisivo nesse torneio", aponta o comandante, que conta com os retornos de Léo, Manoel e Paulo Baier Deivid deve entrar no lugar de Bruno Silva, de fora pois já atuou no torneio pela Ponte Preta.
"Para chegar à final temos de jogar mais do que o Grêmio. Só aí já há um desafio no ar. Espero que nossos atletas entendam isso e que façam o melhor jogo de suas carreiras", completa.
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