Atlético sofre com ausência de Everton
A vitória veio. Mas tanto sofrimento para faturar os três pontos não deixou dúvidas: o Atlético não fez uma boa apresentação. "Não fomos bem. O jogo foi mais disputado do que bonito. Mas, nessa situação, o importante é vencer", resumiu o técnico Vagner Mancini.
Uma das explicações para a performance abaixo do esperado foi a ausência do meia Everton. Contundido, o principal destaque da campanha de recuperação do Rubro-Negro foi substituído por Felipe.
O meia, entretanto, não manteve o padrão de Everton, e acabou substituído pelo avante Éderson, na etapa final. Mancini ainda pôs outros dois meias no jogo, Elias e Carlos Alberto. E contou com a categoria do primeiro para definir a partida. "Foi uma vitória da raça, da entrega, mas também com uma pitada de inteligência. O Elias já tinha tentado uma bola para o Dellatorre dentro da área. E na segunda o Dellatorre ajeitou e saiu o gol", analisou o técnico.
Copa do Brasil
A CBF definiu os jogos entre Atlético e Palmeiras pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O primeiro será no dia 21, quarta-feira, às 19h30, no Pacaembu, e a volta dia 28, às 21h50, na Vila Capanema.
O enredo é aquele manjado. O Atlético ia mal, com extrema dificuldade para superar a retranca do Bahia que jogou o segundo tempo inteiro com um atleta a menos, expulso e parecia desperdiçar a chance de faturar na Vila Capanema a quarta vitória consecutiva no Brasileiro. Até Paulo Baier, sumido até então, aparecer.
Eram jogados 36 minutos da etapa final quando Elias encontrou Dellatorre dentro da área, o atacante escorou de peito e o veterano de 38 anos bateu de primeira. Gol solitário que representou o triunfo por 1 a 0, ontem à noite, e reforçou o histórico de salvador do meia no Furacão.
Foi a segunda aparição decisiva do camisa 10 desde a chegada do técnico Vagner Mancini. Na vitória sobre a Portuguesa (3 a 2), Baier também invadiu a área, aos 47 minutos do segundo tempo, para não deixar dúvidas sobre uma bola que já havia tocado dentro da meta em arremate do lateral-direito Léo.
Assim, graças ao socorro do velho ídolo, o Rubro-Negro prossegue com a arrancada na competição. Com as quatro vitórias seguidas, fugiu da rabeira da tabela para brigar pela Libertadores. Hoje está em quinto lugar, com 19 pontos, a mesma marca do Vitória e um atrás do rival Coritiba. E com o complemento da rodada, hoje, só o Grêmio pode ultrapassar o Furacão.
"Eu entro em campo pensando na vitória. Foi um jogo muito difícil. Mas a disposição de todos fez com que conseguíssemos o resultado. A vitória foi de todos os atletas e do [Vágner] Mancini", declarou Baier, ainda no gramado, enquanto era ovacionado pelo torcedor atleticano.
A chegada do novo treinador representou um alívio para o carequinha. Após a troca de comando, o meia reclamou que vinha sendo subaproveitado pelo demitido Ricardo Drubscky. Com Mancini, Baier foi titular em quatro das cinco partidas no Nacional, sendo poupado do compromisso com o Atlético-MG, em Belo Horizonte.
"É um atleta que tem uma história aqui. Ele tem nos ajudado muito, tem a aceitação dos atletas. Além do contato de campo, nós temos tido muitas conversas para saber o momento de aproveitá-lo", comentou Mancini, invicto no Brasileiro, com quatro vitórias e um empate.
Sorteado para o exame antidoping, Baier ainda "driblou" o médico para cumprimentar os companheiros no vestiário. "Ele tinha que ir direto para o doping, mas foi dar um abraço em todos, um gesto que demonstra muita coisa", analisa Mancini.
Além de ajudar o clube que defende desde 2009, o meia tem outro objetivo neste Nacional. Pretende alcançar 100 gols desde que o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos, em 2003. Com o de ontem, bateu em 93. "Vamos pensar jogo a jogo, mas talvez chegue ao centésimo [gol] ainda este ano", diz.
Na próxima rodada, o Atlético enfrenta o Internacional, domingo, às 18h30, no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo.
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