A tabela do Brasileirão pôs o Atlético exatamente no meio de duas polêmicas comuns a últimas rodadas: tirar o pé para prejudicar um rival ou desafeto e receber mala-branca para vencer um jogo que não lhe interessa. O técnico rubro-negro Claudinei Oliveira nega veementemente a primeira prática e dá uma sugestão para quem é adepto da segunda. Usar o dinheiro do incentivo financeiro no próprio elenco, para não voltar a passar sufoco nas rodadas finais.
"Você vê os times com premiações atrasadas, salários atrasados e sem dinheiro para nada, e na última rodada aparece dinheiro para ajudar outra equipe a ganhar. Talvez se tivessem administrado melhor o dinheiro, não estivessem nessa situação", afirmou o treinador, que preferiu tirar o peso do último jogo no destino das equipes.
"Não é a maior gota que derrama o copo. É a última gota", filosofou. "Para alguém a água vai transbordar na última rodada. Não é Atlético x Palmeiras, Vitória x Santos e Coritiba x Bahia que vão definir o rebaixamento de alguma dessas equipes. É o conjunto da obra do campeonato inteiro."
Oitavo colocado, com 53 pontos, o Atlético não tem ambições próprias no jogo contra o Palmeiras, neste domingo (7), no Allianz Parque, mas seu desempenho interessa diretamente à dupla Ba-Vi. Se conseguir um empate, permite ao Vitória escapar ganhando do Santos. Se ganhar, salva o Bahia desde que o Tricolor de Aço bata o Coritiba.
No entanto, a briga judicial entre Atlético e Vitória por causa do lateral-direito Léo levantou a suspeita de que o Furacão poderia tirar o pé contra o Palmeiras para prejudicar o rival dos tribunais. Impressão reforçada pela provável escalação de um time cheio de reservas, algo que, diz Claudinei, já estava no planejamento da equipe.
O treinador lembrou que vários times fizeram isso ao longo do campeonato e nem por isso tiveram suas decisões questionadas, como o Palmeiras que perdeu para os reservas do Atlético-MG, o Flamengo que perdeu para o Botafogo com time misto e o Vitória, que também perdeu para o São Paulo com jogadores reservas.
"Todos os jogos valaram três pontos igual. Igual Atlético x Palmeiras. Não é igual Fórmula 1, que teve pontuação dobrada na última corrida. São três pontos. Um jogo normal. Se fosse no meio do campeonato ninguém falava nada", afirmou o treinador.
Para acabar com a polêmica, Claudinei disparou. "O Palmeiras depende só de si. Então que vá lá e ganhe o jogo, Não espere moleza, facilidades, que os jogadores não vão correr. Joguem melhor que o Atlético e ganhem. O Vitória igual e o Bahia igual. Não adianta transferir responsabilidade para os outros".
- Rebaixamento já uniu Atlético e Vitória em 1996
- Macaris do Livramento chora ao pedir empenho ao Atlético contra o Palmeiras
- Atlético esboça time com média de idade sub-21 contra o Palmeiras
- Marcelo e Sueliton desfalcam o Atlético contra o Palmeiras
- Presidente do Vitória alfineta Petraglia, mas confia nos jogadores do Atlético
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Teólogo pró-Lula sugere que igrejas agradeçam a Deus pelo “livramento do golpe”
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”