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Parceria com a prefeitura para a Copa do Mundo impede temporariamente que Arena da Baixada se torne patrimônio da Funcap | Henry Milléo / Gazeta do Povo
Parceria com a prefeitura para a Copa do Mundo impede temporariamente que Arena da Baixada se torne patrimônio da Funcap| Foto: Henry Milléo / Gazeta do Povo

A Arena da Baixada não poderá ser incorporada como patrimônio da Fundação Clube Atlético Paranaense (Funcap), instituição jurídica criada pelo clube em votação polêmica do Conselho Deliberativo rubro-negro na terça-feira.

O impedimento se dá porque a prefeitura de Curitiba é "sócia" do estádio até que o Atlético pague ao Executivo o valor gasto pelo município nas desapropriações de 14 terrenos vizinhos ao complexo, na ordem de R$ 14,6 milhões.

Segundo Reginaldo Cordei­­ro, secretário para assuntos da Copa na cidade, o clube tem até o final de 2014 para comprar terrenos indicados pela prefeitura como forma de compensação. "Por enquanto somos sócios da Arena", afirmou o político.

O mesmo se dará com o CT do Caju, usado como garantia dos empréstimos feitos pelo clube no BNDES – via Fomento Paraná, autarquia do governo estadual – para conseguir completar a Arena. Empréstimos esses que o Atlético ainda não conseguiu fazer na sua totalidade. De acordo com Cordeiro, o clube precisará buscar mais R$ 65 milhões em empréstimo para bancar o novo orçamento, de R$ 265 milhões (com impostos descontados).

Em nota postada no Face­­book oficial atleticano, a diretoria informa que não tem a intenção de repassar para a fundação o patrimônio do clube. O texto afirma que "as receitas das Escolas Furacão servirão de dotação patrimonial mínima, exigida por lei. Depois a própria Funcap vai articular suas receitas".

"Ao contrário do que alguns sugeriram, o enorme pa­­trimônio do clube segue apenas com o clube. O futebol profissional nem sequer poderia ser transferido para a fundação por questões legais", diz outra parte do material.

A nota informa ainda que a Funcap terá por missão desenvolver programas na área social, educacional e cultural, algo difícil de ser gerido por um clube profissional. "Além de doações, vamos buscar recursos em leis de incentivo ao esporte e à cultura. Esta captação é muito mais fácil no âmbito de uma fundação, rigorosamente fiscalizada que é pelo Ministério Público", afirma.

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