Volta de Baier ao time titular foi uma das atitudes que Mancini tomou para recuperar o Atlético| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Na vitóriacontra a Ponte Preta, domingo, o técnico Vagner Mancini chegou a 20 jogos no comando do Atlético. Um período em que tirou o time da zona do rebaixamento do Brasileiro, o consolidou no G4 com um aproveitamento equivalente ao do líder Cruzeiro (72,9%). De quebra, o treinador ainda pode levar o Furacão pela primeira vez à semifinal da Copa do Brasil - o Rubro-Negra encara o Internacional na primeira partida das quartas de final quarta-feira, às 21 horas, em Novo Hamburgo (RS).

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A Gazeta do Povo separou os cinco principais fatores que fazem o sucesso do comando de Manini à frente do Atlético. Confira:

DefesaQuando o técnico chegou, o Atlético tinha uma das piores defesas do Brasileiro, sofrendo com as reações dos adversários, o que tirava vitórias importantes, como nos jogos contra Cruzeiro e Flamengo no primeiro turno. Mancini consolidou Manoel e Luiz Alberto como titulares na zaga e melhorou a marcação de toda a equipe, transformando o Furacão na 9ª defesa menos vazada do Nacional.

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Esquema táticoO próprio Mancini admite que mexeu muito pouco na base formada pelo antecessor Ricardo Drubscky. Basicamente, aproximou as linhas de ataque e defesa. No entanto, com o decorrer do campeonato, o time ganhou variações táticas, principalmente com a chegada de atacantes como Dellatorre e Roger, mas sempre mantendo a ofensividade e a velocidade.

Paulo BaierCom Drubscky, o meia virou reserva, dando lugar a Elias, que se transferiu para a Ponte Preta há duas semanas. Com Mancini, Baier voltou a ser fundamental na armação da equipe. O veterano de 38 anos só não joga se não tiver condições físicas. Com cinco gols no Brasileiro, o Maestro é o vice-artilheiro do time na competição e está a quatro do centésimo na era dos pontos corridos.

Tempo certoO técnico do Atlético tem demonstrado que sabe a hora de colocar cada jogador em campo. Quando chegou, a reclamação era que de Éderson, mesmo já sendo artilheiro do Brasileiro, era reserva. Como estava dando certo, Mancini manteve a postura e Edérson aumentou a quantidade de gols - atualmente são 13 - e caiu nas graças da torcida. Depois foram os pedidos insistentes da torcida pela entrada do meia espanhol Fran Mérida, a principal contratação da temporada. O treinador esperou, aguentou as insistentens perguntas dos torcedores na rádio oficial do clube, e só o colocou na penúltima rodada, contra o Flamengo. Deu certo, o meia fez um dos gols na virada no Maracanã e chegou a ser destaque na imprensa internacional.

Choque de ânimoSem tempo para treinar, pois desde que chegou sempre teve dois jogos por semana, Mancini teve que alterar muito a equipe na base da conversa. O time estava desanimado, sem confiança, na zona do rebaixamento, após uma derrota em um Atletiba. Com a chegada do treinador, os jogadores compraram a ideia da recuperação e se fecharam na busca de bons resultados, o que gerou a sequência de 13 jogos de invencibilidade e a ascensão da vice-lanterna para o G4.

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